Almada dá o exemplo com novo sistema de recolha seletiva de biorresíduos

Município recolhe o futuro: Novo sistema transforma resíduos em valor

O município de Almada iniciou um novo capítulo na gestão ambiental do concelho. De forma gradual, está a ser implementado um sistema inovador de recolha seletiva de biorresíduos - restos alimentares e resíduos de jardim - junto de habitações, hotéis, restaurantes e cafés.
Projeto de recolha seletiva reforça o compromisso ambiental do município

No coração das zonas históricas, já se encontram 35 abrigos modernos com contentores de 240 litros e controlo de acesso, prontos para servir cerca de três mil fogos. Esta medida marca um passo decisivo rumo a uma cidade mais limpa, consciente e amiga do ambiente.
Segundo a Câmara de Almada, cerca de 50 por cento dos resíduos produzidos no concelho são biorresíduos. Quando separados corretamente, deixam de ser lixo e passam a ser um recurso valioso: transformam-se em composto orgânico que enriquece os solos e em energia renovável.
O sistema está a ser instalado em várias fases e abrange todo o território do concelho. O modelo inclui tanto contentores coletivos de proximidade como contentores domésticos distribuídos porta-a-porta, aproximando a sustentabilidade da rotina diária dos moradores.

O que deve - e não deve - ir para o contentor castanho
Restos de comida, cascas de fruta e legumes, pão, bolos, carne, peixe e até pequenos resíduos de jardim - como folhas, relva e ramos com menos de um metro - são bem-vindos no contentor castanho.
Mas há limites claros: loiça, cerâmica, talheres, plásticos, metais, jornais, revistas, medicamentos, fraldas, dejetos de animais ou águas de lavagem não devem ser colocados neste contentor. A separação correta é essencial para garantir que os biorresíduos possam ser reaproveitados.

Uma cidade mais limpa, bairro a bairro
O esforço do município de Almada já está visível em várias freguesias. Atualmente, estão em funcionamento 2.924 contentores porta-a-porta na Costa de Caparica, Charneca de Caparica, Sobreda e Feijó.
A estas zonas juntam-se 32 contentores subterrâneos com controlo de acesso na Costa de Caparica e 11 contentores de 800 litros, também com controlo, instalados na Charneca de Caparica e na Sobreda.
Mais recentemente, foram colocados 35 abrigos para contentores de 240 litros nas áreas históricas de Almada e da Cova da Piedade, nomeadamente no Bairro de Nossa Senhora da Cova da Piedade.
“Devido à morfologia destas zonas, com ruas estreitas e acessos limitados, os abrigos foram colocados junto aos contentores de 800 litros já existentes para resíduos indiferenciados. Desta forma, torna-se mais fácil separar corretamente cada tipo de resíduo”, explica a Câmara de Almada.

Cumprir metas e construir o futuro
Com este projeto de recolha seletiva, o município pretende alcançar as metas nacionais e europeias para a valorização de resíduos biodegradáveis, reduzindo o envio para aterro e promovendo uma economia verdadeiramente circular.
Mais do que um novo sistema de recolha, trata-se de um compromisso com o futuro - onde cada morador tem um papel ativo na transformação de Almada numa cidade mais sustentável.

Agência de Notícias 
Fotografia: CM Almada 

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