Marinha pode abrir caminho a regresso da empresa à construção de navios
A Lisnave anunciou, durante a Porto Maritime Week que decorreu até 26 de Setembro, a intenção de regressar à construção naval nos estaleiros da Mitrena, em Setúbal. A empresa garante ter mão de obra qualificada e infraestruturas preparadas, sublinhando que já recusou projetos por não dispor da necessária licença.![]() |
| Empresa quer apostar na construção de navios militares |
"Sentimos falta de licença para construir há mais de cinco anos. Enquanto outros estaleiros europeus avançam, inclusive nos navios de passageiros de grande porte, temos perdido oportunidades", afirmou Luís Braga, diretor comercial da Lisnave, citado pelo jornal Semmais.
A Lisnave admite que rejeitou diversas propostas para a construção de blocos e cascos devido às limitações legais. "Preferimos não correr riscos e manter-nos fora dessa zona cinzenta", acrescentou o responsável.
Segundo a empresa, os estaleiros da Mitrena já têm condições para produzir blocos e cascos, mas, no caso de navios completos, seria necessário reforçar sobretudo a área de engenharia.
Marinha Portuguesa é uma oportunidade estratégica
No horizonte, a construção de navios militares surge como uma das grandes apostas. A atual conjuntura internacional, marcada pelo aumento do investimento europeu em defesa, abre espaço para novos contratos.
"Há quatro anos apostámos nas renováveis offshore e na reciclagem naval. Hoje, a conjuntura internacional traz novas variáveis, incluindo a possibilidade de construirmos navios militares. Se a Marinha precisar e tivermos condições, não faz sentido procurar noutros países", reforçou Luís Braga.
No horizonte, a construção de navios militares surge como uma das grandes apostas. A atual conjuntura internacional, marcada pelo aumento do investimento europeu em defesa, abre espaço para novos contratos.
"Há quatro anos apostámos nas renováveis offshore e na reciclagem naval. Hoje, a conjuntura internacional traz novas variáveis, incluindo a possibilidade de construirmos navios militares. Se a Marinha precisar e tivermos condições, não faz sentido procurar noutros países", reforçou Luís Braga.
Candidatura à nova concessão da Mitrena
A concessão da Mitrena termina apenas em 2027, mas o Governo prepara um novo concurso que poderá prolongar-se no tempo. Apesar disso, a Lisnave está determinada: "Estamos a preparar a candidatura para vencer. Temos mais de duas décadas de trabalho de referência que nos dão vantagem", afirmou o diretor comercial.
A concessão da Mitrena termina apenas em 2027, mas o Governo prepara um novo concurso que poderá prolongar-se no tempo. Apesar disso, a Lisnave está determinada: "Estamos a preparar a candidatura para vencer. Temos mais de duas décadas de trabalho de referência que nos dão vantagem", afirmou o diretor comercial.
Resultados financeiros em queda após ano recorde
No plano financeiro, a Lisnave fechou 2024 com um lucro de 6,4 milhões de euros, uma descida significativa em relação ao recorde de 16 milhões obtidos em 2023. A faturação caiu 26 por cento, para 128 milhões de euros, mas a empresa conseguiu reduzir os custos em 21 por cento, para 118,3 milhões de euros.
No plano financeiro, a Lisnave fechou 2024 com um lucro de 6,4 milhões de euros, uma descida significativa em relação ao recorde de 16 milhões obtidos em 2023. A faturação caiu 26 por cento, para 128 milhões de euros, mas a empresa conseguiu reduzir os custos em 21 por cento, para 118,3 milhões de euros.

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