Bloco de rocha instável mantém troço da Arrábida fechado após quase três anos de espera
A Câmara Municipal de Setúbal aprovou, nesta quinta-feira, 18 de Setembro, a celebração de um protocolo que permitirá avançar com o estudo técnico necessário para desmontar um bloco de rocha em risco de queda na estrada das praias da Arrábida. O processo, considerado urgente desde 2023, arrastou-se durante quase três anos devido à sucessiva mudança de governos e à morosidade das entidades envolvidas.![]() |
O bloco rochoso, com cerca de mil toneladas e localizado a 60 metros acima da Rua Círio da Arrábida, foi identificado em Fevereiro de 2023 pelo Serviço Municipal de Proteção Civil e Bombeiros de Setúbal. A instabilidade e a fissura detetadas obrigaram à interdição total da circulação entre as praias da Figueirinha e de Galapos, medida que ainda hoje permanece para salvaguarda de pessoas e bens.
Apesar de a rocha estar inserida em propriedade privada da Secil e em área protegida do Parque Natural da Arrábida, a autarquia decidiu avançar com diligências junto da administração central. O presidente da Câmara, André Martins, lamenta a demora do processo e acusa o Estado de não responder com a celeridade necessária:
“Não salvaguarda os interesses das populações, obrigando o município a suportar as consequências de uma situação que não é da sua competência”.
Mudanças de governo atrasaram decisão
Em Junho de 2023, após reuniões com a Secil, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), foi reconhecida a urgência de intervir. Duas empresas apresentaram propostas técnicas em Outubro desse ano, mas a queda do governo do PS em Março de 2024 e a sucessiva instabilidade política empurraram o processo para segundo plano.
“Só agora, quase três anos depois, é que conseguimos aprovar um protocolo que deveria ter sido assinado de imediato”, sublinhou o autarca.
O que prevê o protocolo
De acordo com o documento agora aprovado, compete à Secil contratar o projeto geotécnico, com um investimento máximo de 180 mil euros na fase inicial e 100 mil euros na fase seguinte.
Primeira fase: estudo geológico e análise das soluções possíveis para estabilizar a encosta.
Segunda fase: elaboração do projeto de execução com todas as especificações técnicas e a estimativa final de custos.
A Câmara Municipal, a APA e o ICNF ficam responsáveis por supervisionar os termos de referência e o calendário dos trabalhos. O estudo poderá ainda identificar outros riscos geotécnicos na encosta da Arrábida, que terão de ser avaliados.
De acordo com o documento agora aprovado, compete à Secil contratar o projeto geotécnico, com um investimento máximo de 180 mil euros na fase inicial e 100 mil euros na fase seguinte.
Primeira fase: estudo geológico e análise das soluções possíveis para estabilizar a encosta.
Segunda fase: elaboração do projeto de execução com todas as especificações técnicas e a estimativa final de custos.
A Câmara Municipal, a APA e o ICNF ficam responsáveis por supervisionar os termos de referência e o calendário dos trabalhos. O estudo poderá ainda identificar outros riscos geotécnicos na encosta da Arrábida, que terão de ser avaliados.
Acesso às praias condicionado
O encerramento da Rua Círio da Arrábida continua a afetar a circulação rodoviária na época balnear, quando milhares de pessoas procuram as praias do Parque Natural. Até à conclusão do estudo e da futura intervenção, a interdição mantém-se como medida de segurança.
O encerramento da Rua Círio da Arrábida continua a afetar a circulação rodoviária na época balnear, quando milhares de pessoas procuram as praias do Parque Natural. Até à conclusão do estudo e da futura intervenção, a interdição mantém-se como medida de segurança.
Agência de Notícias
Fotografia: CM Setúbal

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