Apenas quatro dos sete obstetras prometidos chegaram ao Garcia de Orta e utentes exigem soluções
O encerramento inesperado da urgência de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital Garcia de Orta, em Almada, voltou a expor o grave problema da falta de médicos na Península de Setúbal. Apenas quatro dos sete obstetras prometidos pela ministra da Saúde, Ana Paula Martins, foram contratados e dois já trabalhavam no hospital. A população acusa o Governo de falhar compromissos e de colocar em risco milhares de grávidas e recém-nascidos dos nove concelhos da região.![]() |
| Urgência do Garcia de Orta sem médicos suficientes |
No sábado, o Ministério da Saúde anunciou o fecho da urgência de Obstetrícia e Ginecologia do Garcia de Orta, em Almada, devido à indisponibilidade de médicos para assegurar as escalas. Sem resposta na Península de Setúbal, as grávidas foram encaminhadas para hospitais de Lisboa, aumentando a distância e o risco em situações de urgência.
“Sem qualquer aviso prévio, os médicos prestadores de serviços informaram que não poderiam assegurar o fim de semana. A urgência ficou sem meios humanos suficientes para funcionar”, justificou o Governo em comunicado.
Apenas metade das contratações prometidas
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, tinha anunciado a contratação de sete novos obstetras para garantir o funcionamento permanente da urgência. No entanto, até ao momento, apenas quatro foram efetivamente contratados, sendo que duas médicas já faziam “bancos” no hospital.
O próprio ministério admitiu a falha, responsabilizando a administração do hospital, em funções há menos de um ano, por não ter concluído o processo de recrutamento. Ainda assim, a contestação cresce na região, onde as populações se sentem repetidamente enganadas pelas “promessas constantes” que não se cumprem.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, tinha anunciado a contratação de sete novos obstetras para garantir o funcionamento permanente da urgência. No entanto, até ao momento, apenas quatro foram efetivamente contratados, sendo que duas médicas já faziam “bancos” no hospital.
O próprio ministério admitiu a falha, responsabilizando a administração do hospital, em funções há menos de um ano, por não ter concluído o processo de recrutamento. Ainda assim, a contestação cresce na região, onde as populações se sentem repetidamente enganadas pelas “promessas constantes” que não se cumprem.
Utentes do Seixal denunciam “situação insustentável”
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| Utentes alertam para risco na Península de Setúbal |
“Dos seis médicos anunciados como novos, três já trabalhavam no hospital. Na prática, novos eram apenas três. O certo é que apenas um assinou contrato, e para funções de Direção”, afirmou a comissão em comunicado.
Os utentes exigem agora a reposição urgente da assistência obstétrica em Almada e no distrito de Setúbal, alertando para o perigo que correm milhares de grávidas numa região com nove concelhos e mais de 700 mil habitantes.
Governo falha e confiança diminui
Apesar de o Portal do SNS ter confirmado a reabertura da urgência esta segunda-feira às 08h30, a insegurança mantém-se. Durante todo o domingo e até essa hora, apenas foram aceites casos encaminhados pelo Instituto Nacional de Emergência Médica.
A comissão de utentes vai pedir uma audiência urgente com o conselho de administração da Unidade Local de Saúde Almada-Seixal, mas critica a falta de planeamento do Governo, que não consegue dar respostas estruturais a um problema que se arrasta há anos.
Apesar de o Portal do SNS ter confirmado a reabertura da urgência esta segunda-feira às 08h30, a insegurança mantém-se. Durante todo o domingo e até essa hora, apenas foram aceites casos encaminhados pelo Instituto Nacional de Emergência Médica.
A comissão de utentes vai pedir uma audiência urgente com o conselho de administração da Unidade Local de Saúde Almada-Seixal, mas critica a falta de planeamento do Governo, que não consegue dar respostas estruturais a um problema que se arrasta há anos.


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