Demolições avançam em Almada, mas o futuro continua sem data definida
Os primeiros passos para a transformação do Cais do Ginjal já começaram. A zona ribeirinha de Almada está a mudar de rosto com o início das demolições dos edifícios em risco, numa intervenção liderada pelo Grupo AFA, que visa garantir a segurança do local e abrir caminho para uma requalificação profunda da frente urbana. Quando? Ainda ninguém sabe.![]() |
Demolições começaram esta segunda-feira na zona do Ginjal |
Começaram esta segunda-feira, dia 5, as tão aguardadas demolições nos edifícios degradados do Cais do Ginjal, em Almada. A intervenção, a cargo do Grupo AFA – proprietário dos imóveis identificados como estando em risco – surge na sequência de uma avaliação técnica efetuada pelo Serviço Municipal de Proteção Civil, que motivou uma situação de alerta em vigor desde Abril.
Inês de Medeiros, presidente da Câmara Municipal de Almada, confirmou durante a reunião camarária que a empreitada arrancou, e que, após a demolição, será realizada a reabilitação mínima necessária para garantir a circulação segura de pessoas naquela zona histórica.
O Grupo AFA está obrigado a intervir de imediato após as demolições, criando condições de segurança para que o público possa aceder à zona e aos estabelecimentos ainda em funcionamento. Segundo a autarca, a intervenção permitirá "a passagem não apenas para os que querem usufruir do Ginjal, mas para quem quer aceder ao comércio local".
Parte da operação apresenta desafios técnicos adicionais, como a remoção de materiais com amianto, o que exige cuidados redobrados durante a execução das obras.
Embora a situação de alerta tenha sido levantada na passada quinta-feira, a circulação de pessoas na zona continua interdita por motivos de segurança.
Moradores realojados e obras sem ligação direta à requalificação
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Zona vai ser requalificada? Vai! Quando? Ninguém sabe! |
O Grupo AFA esclareceu que estas demolições não representam o arranque do ambicioso plano de requalificação urbanística previsto para o local. Esta operação destina-se unicamente à mitigação de riscos iminentes, sendo independente do projeto de regeneração urbana que o grupo tem em carteira – projeto esse já aprovado pela autarquia e apresentado publicamente.
Recorde-se que o Plano de Pormenor do Cais do Ginjal foi aprovado em 2020, com vista à reabilitação de uma área de cerca de 90 mil metros quadrados. A proposta inclui a construção de 300 fogos habitacionais, espaços comerciais, um hotel de 160 quartos, equipamentos sociais e 500 lugares de estacionamento, num investimento total estimado em 300 milhões de euros.
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