Um hospital prometido há anos, mas ainda sem construção à vista. Autarca vai ao Parlamento entregar a petição
A Assembleia da República recebe esta quinta-feira uma petição com mais de 15 mil assinaturas a exigir a construção do novo hospital no Seixal. O autarca Paulo Silva, que entrega o documento em mãos, alerta para o risco de perda de fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) caso o projeto não avance. O futuro hospital pretende funcionar em articulação com o Hospital Garcia de Orta, em Almada, que atualmente enfrenta uma sobrecarga de utentes.![]() |
Paulo Silva entrega petição no Parlamento exigindo novo hospital |
A reivindicação não é nova. No Orçamento do Estado de 2017 chegou a ser inscrita uma verba de 10 milhões de euros para o lançamento do projeto, mas os sucessivos adiamentos deixaram a infraestrutura apenas no papel.
Em 2018, a Câmara Municipal do Seixal assumiu o custo das acessibilidades, permitindo avançar com o concurso, mas em 2019 o Governo voltou a adiar o processo. Em 2024, o projeto continua pendente da revisão legal e da definição de que entidade assumirá a sua competência após a extinção da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
“Estamos a falar de um hospital essencial para a população, mas que tem sido adiado ano após ano. O Estado não assume as suas obrigações e o que temos assistido é a uma falta de vontade política”, acusa Paulo Silva.
O autarca sublinha ainda que há um risco real de Portugal perder fundos comunitários se o projeto não avançar rapidamente. “As verbas do PRR para a saúde incluem financiamento para o equipamento do hospital do Seixal. Se a construção não avançar, não será possível adquirir os equipamentos e corremos o risco de perder esses fundos”.
Entre os signatários da petição, contam-se a Câmara do Seixal, as juntas de freguesia de Amora, Corroios, Fernão Ferro e União das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, a Comissão de Utentes de Saúde do Concelho do Seixal, a Plataforma Juntos pelo Hospital do Seixal, as forças vivas do concelho e a população em geral, que, juntos, pretendem ver o início da construção do tão ansiado equipamento.“Estamos a falar de um hospital essencial para a população, mas que tem sido adiado ano após ano. O Estado não assume as suas obrigações e o que temos assistido é a uma falta de vontade política”, acusa Paulo Silva.
O autarca sublinha ainda que há um risco real de Portugal perder fundos comunitários se o projeto não avançar rapidamente. “As verbas do PRR para a saúde incluem financiamento para o equipamento do hospital do Seixal. Se a construção não avançar, não será possível adquirir os equipamentos e corremos o risco de perder esses fundos”.
População em crescimento exige resposta imediata
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Garcia de Orta sobrelotado devido à falta de alternativas na região |
“Este hospital já não consegue dar uma resposta adequada, apesar de todo o esforço dos seus profissionais. É impossível garantir um atendimento de qualidade quando o número de utentes quase duplica aquele para o qual o hospital foi programado”.
A petição entregue no Parlamento pretende pressionar o Governo a avançar com a construção do hospital no Seixal e melhorar as condições do acesso à saúde na região. Além da nova unidade, o documento reivindica a contratação de mais médicos para os cuidados de saúde primários e a requalificação dos centros de saúde existentes, incluindo a ampliação do centro de saúde de Fernão Ferro.
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