Autarcas da Arrábida confiam na disponibilidade de Ana Paula Martins para resolver problemas
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, reuniu-se com autarcas de Setúbal, Palmela e Sesimbra e disse estar a par da “difícil situação” que se vive na área de influência do Centro Hospitalar de Setúbal, e revela que no próximo dia 25 de Novembro vai haver uma reunião do Conselho da Área Metropolitana de Lisboa, onde o diretor executivo que acompanha o Serviço Nacional de Saúde vai apresentar um programa de medidas para esta região. A governante manifestou ainda a disponibilidade e o interesse de em finais de Janeiro, princípios de Fevereiro vir ao território Arrábida. Os três autarcas confiam na palavra da ministra ainda assim, disse Álvaro Amaro, presidente do município de Palmela, é "preciso ver para crer".
Autarcas foram falar da situação "doente" da saúde na região |
Os presidentes das câmaras de Setúbal, Palmela e Sesimbra congratularam-se esta segunda-feira pela disponibilidade demonstrada pela ministra da Saúde para dar resposta aos problemas do setor nos três municípios, apesar de não terem garantias de solução dos problemas.
“De concreto, não (nos foram dadas nenhumas garantias), há medidas (previstas), há conhecimento de situações que são preocupantes e que são reconhecidas. Isso é bom e considero que o facto de termos governantes que reconhecem as dificuldades e que estão à procura de encontrar soluções já é positivo. Não resolve nada, mas isso já é positivo”, disse o presidente da Câmara de Setúbal, André Martins.
A reunião aconteceu na sequência de um pedido do Fórum Intermunicipal da Saúde, que reúne as três autarquias da zona da Arrábida, comissões de utentes e outras entidades.
No encontro, os três autarcas manifestaram preocupação com a deficiente capacidade de resposta do Hospital de São Bernardo e de várias unidades de cuidados de saúde primários nos territórios da Arrábida, em particular no que respeita à falta de profissionais de saúde.
Uma das preocupações dos autarcas e da população é o encerramento frequente das urgências de pediatria e obstetrícia do Hospital de São Bernardo, principal unidade de saúde do Centro Hospitalar de Setúbal, hospital de referência para cerca de 250 mil habitantes dos três municípios da Arrábida, mas também para cerca de 100 mil utentes do litoral alentejano, no distrito de Setúbal.
Segundo André Martins, a ministra garantiu que “continua a desenvolver esforços, no sentido de fazer o melhor possível para garantir alguns serviços, tanto no centro hospitalar, como relativamente aos médicos de família e aos serviços de cuidados de saúde primários”.
“Há um conjunto de medidas que estão a ser tomadas, incluindo a contratação de novos médicos – eventualmente poderá haver uma possibilidade de negociação com os médicos até ao final do ano -, para resolver o problema das horas extraordinárias, que é um problema também nos serviços do Instituto Nacional de Emergência Médica”, disse o autarca sadino.
André Martins salientou ainda que a ministra da Saúde confirmou que o “diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde vai apresentar um conjunto de medidas para os municípios da Área Metropolitana de Lisboa, na reunião da próxima quinta-feira do Conselho Metropolitano da Área Metropolitana de Lisboa”.
“Por outro lado, a senhora ministra manifestou a disponibilidade de, no final de Janeiro ou princípio de Fevereiro, se deslocar à área da Unidade Local de Saúde da Arrábida, no sentido de fazermos um ponto de situação destas medidas que estão a ser anunciadas e que vão ser tomadas”, acrescentou, referindo estar convicto de que as medidas poderão ser implementadas até ao final deste ano.
Ainda segundo André Martins, o objetivo da visita da ministra à região é avaliar o impacto das medidas adotadas para a melhoria da prestação de cuidados de saúde à população dos três municípios e da Península de Setúbal.
Ver para crer diz o presidente da Câmara de Palmela
“De concreto, não (nos foram dadas nenhumas garantias), há medidas (previstas), há conhecimento de situações que são preocupantes e que são reconhecidas. Isso é bom e considero que o facto de termos governantes que reconhecem as dificuldades e que estão à procura de encontrar soluções já é positivo. Não resolve nada, mas isso já é positivo”, disse o presidente da Câmara de Setúbal, André Martins.
A reunião aconteceu na sequência de um pedido do Fórum Intermunicipal da Saúde, que reúne as três autarquias da zona da Arrábida, comissões de utentes e outras entidades.
No encontro, os três autarcas manifestaram preocupação com a deficiente capacidade de resposta do Hospital de São Bernardo e de várias unidades de cuidados de saúde primários nos territórios da Arrábida, em particular no que respeita à falta de profissionais de saúde.
Uma das preocupações dos autarcas e da população é o encerramento frequente das urgências de pediatria e obstetrícia do Hospital de São Bernardo, principal unidade de saúde do Centro Hospitalar de Setúbal, hospital de referência para cerca de 250 mil habitantes dos três municípios da Arrábida, mas também para cerca de 100 mil utentes do litoral alentejano, no distrito de Setúbal.
Segundo André Martins, a ministra garantiu que “continua a desenvolver esforços, no sentido de fazer o melhor possível para garantir alguns serviços, tanto no centro hospitalar, como relativamente aos médicos de família e aos serviços de cuidados de saúde primários”.
“Há um conjunto de medidas que estão a ser tomadas, incluindo a contratação de novos médicos – eventualmente poderá haver uma possibilidade de negociação com os médicos até ao final do ano -, para resolver o problema das horas extraordinárias, que é um problema também nos serviços do Instituto Nacional de Emergência Médica”, disse o autarca sadino.
André Martins salientou ainda que a ministra da Saúde confirmou que o “diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde vai apresentar um conjunto de medidas para os municípios da Área Metropolitana de Lisboa, na reunião da próxima quinta-feira do Conselho Metropolitano da Área Metropolitana de Lisboa”.
“Por outro lado, a senhora ministra manifestou a disponibilidade de, no final de Janeiro ou princípio de Fevereiro, se deslocar à área da Unidade Local de Saúde da Arrábida, no sentido de fazermos um ponto de situação destas medidas que estão a ser anunciadas e que vão ser tomadas”, acrescentou, referindo estar convicto de que as medidas poderão ser implementadas até ao final deste ano.
Ainda segundo André Martins, o objetivo da visita da ministra à região é avaliar o impacto das medidas adotadas para a melhoria da prestação de cuidados de saúde à população dos três municípios e da Península de Setúbal.
Ver para crer diz o presidente da Câmara de Palmela
Ministra garante plano para a saúde no distrito de Setúbal |
Ainda assim para o autarca, o balanço da reunião não deixa de ser positivo porque “foram assumidos compromissos”, mas ainda assim considera que é necessário “ver para querer se a palavra dada é palavra honrada”, ou se permanece a “invariância” dos últimos anos.
No que diz respeito aos cuidados de saúde primários, Álvaro Amaro não esquece a situação do concelho de Palmela, onde se passou de 28 por cento de utentes sem médico de família em Fevereiro para uma situação, no final de Outubro, de 40 por cento. Foram também debatidas outras questões relacionadas com o investimento que os municípios estão a fazer na construção de novas unidades de saúde, como é o caso da Quinta do Anjo, cujo concurso foi aprovado em reunião de câmara na passada semana, mas que a autarquia já percebeu que a verba contratualizada no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) vai ser insuficiente.
Sesimbra sai da reunião com "problemas resolvidos"
No que diz respeito aos cuidados de saúde primários, Álvaro Amaro não esquece a situação do concelho de Palmela, onde se passou de 28 por cento de utentes sem médico de família em Fevereiro para uma situação, no final de Outubro, de 40 por cento. Foram também debatidas outras questões relacionadas com o investimento que os municípios estão a fazer na construção de novas unidades de saúde, como é o caso da Quinta do Anjo, cujo concurso foi aprovado em reunião de câmara na passada semana, mas que a autarquia já percebeu que a verba contratualizada no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) vai ser insuficiente.
Sesimbra sai da reunião com "problemas resolvidos"
Autarcas saíram "satisfeitos" com a preocupação do governo |
O autarca explicou que nesta reunião foram também discutidas as formas de eliminar os encerramentos programados e, portanto, “manter o atendimento e as urgências sempre abertas” [da obstetrícia], que vai “obviamente” passar por uma solução de uma triagem prévia e de encaminhamento de situações não-urgentes.
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