Feira Medieval de Palmela decorre até domingo

O Castelo de Palmela recua até 1288 e recebe o Primeiro Mestre Português na Ordem de Santiago

Palmela começa esta sexta-feira a viajar no tempo. O Castelo de Palmela recua até 1288, à boleia da Feira Medieval. “O Primeiro Mestre Português na Ordem de Santiago” é o tema da feira medieval deste ano, promovida pelo Município de Palmela, que se foca na separação de Castela do ramo português da Ordem de Santiago e na eleição do primeiro Mestre português, D. João Fernandes. A abertura oficial está marcada para as 19 horas desta sexta-feira. Organizada pela Câmara de Palmela e pela Alius Vetus - Associação Cultural História e Património, “a Feira tem como grandes atrativos os desfiles, torneios, espetáculos de fogo, dança e música da época, falcoaria, acampamentos temáticos e oficinas, a par da gastronomia, artesanato e mercado medieval”, sublinha a autarquia.
Feira Medieval de Palmela decorre até domingo 

O centro histórico de Palmela regressa esta sexta-feira, até ao ano de 1288, com o arranque de mais uma edição da Feira Medieval que, até ao próximo domingo, celebrará “O Primeiro Mestre Português na Ordem de Santiago”.
Ao longo dos três dias, a animação vai ser constante, graças a artesãos, música, danças medievais, gafaria, acampamentos, demonstrações de voo livre, apresentações de armas, cortejos, espetáculos de fogo, torneios, oficinas, episódio almenara, assalto ao Castelo. Haverá ainda vários pontos de restauração e animação permanente em vários espaços do recinto da Feira, bem como atividades complementares: uma caminhada e um percurso acessível a pessoas com deficiência visual.
É através deste tema que o município diz pretender “proporcionar aos visitantes uma viagem até 1288”. E a explicação é simples: foi nesse ano que, “por diligências do Rei D. Dinis, a Ordem de Santiago em Portugal foi beneficiada com a Bula ‘Pastoralis Officii’, através da qual o Papa Nicolau IV lhe concedeu isenção de obediência a Castela e autorização para eleger um Mestre português – D. João Fernandes, Comendador-mor de Mértola”, lembra a autarquia, entidade promotora do certame.
Durante três dias, Palmela vai apresentar um cenário transfigurado, sobretudo no castelo, decorado com motivos alusivos à época e a ser trilhado por “figurantes” trajados a rigor, a que se junta um programa de atividades a replicar “modas” de então. E não vão faltar acampamentos a retratarem artes e ofícios daqueles tempos. Além disso, danças, espetáculos de fogo e torneio de cavaleiros, teatro e música de rua são, entre outras, iniciativas que vão tentar ressuscitar as vivências medievais.
Os cortejos, do centro histórico até ao castelo, são momentos altos da programação, seguidos de perto que costumam ser por centenas de visitantes.
A abertura da feira, nesta sexta-feira, é marcada pela cerimónia de saudação a El Rei D. Dinis e à rainha D. Isabel, no recinto do castelo.
A feira medieval, acrescenta a autarquia, visa dar “continuidade à estratégia [municipal] de desenvolvimento do turismo e de dinamização do centro histórico”, tendo em vista “a captação de visitantes” e o “apoio à restauração e ao alojamento local”, bem como a “valorização da história e cultura” do território, com “o envolvimento e participação da comunidade”.
Consulte o programa completo aqui. A venda limitada de bilhetes e entrada condicionada à capacidade máxima de ocupação do recinto da Feira.
As pulseiras têm ou valor de quatro euros, para um dia, e sete euros, para os três dias (a entrada é gratuita para visitantes até aos 12 anos). Como já é habitual, vai estar disponível um serviço de aluguer de trajes da época, junto à entrada do recinto, cujo valor inclui a entrada na Feira.
A Feira vai estar aberta ao público dia 22, das 17 horas às 24 horas. Dia 23, das 14 às 24 horas; e dia 24, das 14 às 23 horas. 

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