Centro de Memórias enriquece identidade de Setúbal

Um “instrumento para o aprofundamento do conhecimento da identidade presente e passada da cidade”

A importância do Centro de Memórias para enriquecer o conhecimento da identidade setubalense foi enaltecida pelo presidente da Câmara de Setúbal, André Martins durante a inauguração do renovado espaço desta valência cultural no Museu do Trabalho Michel Giacometti. O Centro de Memórias, criado há vários anos para nutrir a investigação realizada no Museu do Trabalho Michel Giacometti, está agora instalado num espaço totalmente requalificado no piso superior do equipamento museológico com gestão pela Câmara de Setúbal. O museu dedica-se dominantemente ao património industrial e ofícios urbanos ligados ao comércio, serviços e às antigas fábricas de conserva e litografias sediadas no concelho de Setúbal, possuindo ainda uma coleção de alfaias agrícolas e de ofícios tradicionais.
Museu do Trabalho tem um centro de memórias

O Centro de Memórias no Museu do Trabalho Michel Giacometti, sublinhou André Martins, constitui-se como um “instrumento para o aprofundamento do conhecimento da identidade presente e passada da cidade”, cujo trabalho é “fundamental para a preservação da memória enquanto comunidade e para o fortalecimento da identidade”.
O novo espaço do Centro de Memórias conta com três zonas, entre as quais uma sala para gravação e de investigação, uma área expositiva, com alguns dos rostos e testemunhos já gravados, os quais podem ser consultados a partir de quatro monitores, e ainda um espaço para o serviço educativo.
A área dedicada ao Centro de Memórias no Museu do Trabalho Michel Giacometti foi renovada com investimento municipal e financiamento do Programa de Apoio a Museus da Rede Portuguesa de Museus, que este museu integra, promovido pela Direção-Geral do Património Cultural.
O novo espaço, que inclui um conjunto de painéis temáticos que podem ser apreciados a partir do exterior do edifício do museu setubalense, centraliza todo o acervo do Centro de Memórias, o qual é dinamizado por um núcleo de investigação que integra uma equipa multidisciplinar de vários serviços camarários.
O presidente da Câmara de Setúbal salientou que “este é um projeto que tem crescido ao longo dos anos e conta, a partir de agora, com novas ferramentas, apetrechadas com novas e melhoradas condições para que se continue a desenvolver conhecimento em prol da comunidade”.
A técnica municipal e coordenadora do novo espaço do Centro de Memórias, Raquel Martins, vincou que esta valência física permite concretizar o duplo objetivo de “realizar investigação com maior qualidade” e, em simultâneo, partilhá-la com “investigadores, curiosos e população em geral”.

Autarquia investiu bastante no museu nos últimos anos 
Património da cidade com mais espaço para a identidade 
O Centro de Memórias, que focou, numa primeira fase, as coleções do Museu do Trabalho Michel Giacometti, já trabalhou temáticas como o acervo fotográfico do Arquivo Américo Ribeiro, o Vitória Futebol Clube e as artes e ofícios de diferentes gerações e vai agora desenvolver um projeto sobre a resistência antifascista no feminino.
André Martins sublinhou a importância do trabalho desenvolvido há mais de três décadas pelo Museu do Trabalho Michel Giacometti, um espaço museológico diferenciado, com uma dinâmica impulsionada por “estratégia de proximidade junto da comunidade” e com “ação alargada na cidade”.
O presidente da Câmara Municipal de Setúbal destacou o valioso contributo do equipamento municipal na esfera de atuação museológica. “Um museu humanizado, com testemunhos de homens e mulheres trabalhadores e de luta, para salvaguardar, estudar e promover a memória e a identidade setubalenses”. 
O autarca enalteceu ainda o “trabalho reconhecido” do Museu do Trabalho Michel Giacometti, no qual “a Câmara de Setúbal tem investido bastante nos últimos anos” e que, agora, ganhou “mais ferramentas para melhor servir o público e ficar mais preparado para responder às diferentes valências que possui”.

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