Investimento de cerca de 400 milhões de euros e que vai gerar mais de 700 postos de trabalho
O município de Sesimbra pode vir a receber um projeto turístico reconhecido como de Potencial Interesse Nacional, composto por dois aldeamentos turísticos, uma unidade hoteleira e áreas de equipamento cultural e desportivo de apoio às unidades turísticas instaladas. Trata-se de um investimento de cerca de "400 milhões de euros, que vai gerar mais de 700 postos de trabalho diretos e garantir um conjunto de infraestruturas essenciais ao município, das quais se destaca a construção da Estrada dos Almocreves, entre Maçã e a Quinta do Conde, considerada fundamental para a coesão territorial do município, e uma nova acessibilidade estratégica", explica a autarquia em comunicado.
Depois de ter aprovado a minuta de dois contratos de urbanização para a Mata de Sesimbra – zonas Sul e Norte – o executivo municipal de Sesimbra aprovou, em reunião do executivo, a licença do loteamento urbano da Herdade do Cabeço da Pedra, conhecida como Mata de Sesimbra Sul. A decisão “negociada” com a Magna Woodlands, Eco Resort Developments, e com o Novo Banco desde 2020 “prevê apenas a construção de 138 mil metros quadrados, o que corresponde a 20 por cento do previsto no Plano de Pormenor em vigor”, diz o presidente da Câmara sesimbrense, Francisco Jesus.
O projeto integra a área de Intervenção do Plano de Pormenor da Zona Sul da Mata de Sesimbra, aprovado em 2008 pela Assembleia Municipal, em concordância com o Plano Diretor Municipal em vigor, e com declarações de impacte ambiental válidas.Este Plano de Pormenor regulamenta uso, ocupação e transformação do solo, execução de medidas de gestão ambiental definidas no Plano de Gestão Ambiental da Mata de Sesimbra e concretização de parte do Plano de Acessibilidades ao Concelho de Sesimbra.
A sua capacidade construtiva, garantida por via do Plano de Pormenor e do Plano Diretor Municipal, é de 650 mil metros quadrados, o que significa que caso os proprietários quisessem utilizar toda estas áreas, poderiam fazê-lo. No entanto, o presente contrato, negociado com o município, abrange apenas 138 mil metros quadrados, que corresponde a cerca de 20 por cento do que permite o Plano de Pormenor da Zona Sul da Mata de Sesimbra, e menos de metade daquilo que a proposta de revisão do novo PDM permitirá (que reduzirá a capacidade construtiva em 50 por cento), cuja proposta "foi entregue à CCDR e está, neste momento, em fase de apreciação pelas várias entidades envolvidas, não havendo ainda data definida para a eventual discussão pública e consequentemente para a sua entrada em vigor", conta Francisco Jesus.
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