ARS ordenou a retirada de 26 pessoas da Unidade de Cuidados Continuados
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo ordenou a retirada de utentes internados no lar Clube da Amizade, em Setúbal. Na origem da decisão está a insolvência da empresa detentora da Unidade de Cuidados Continuados Integrados. Até ao final da tarde da passada terça-feira, já tinham saído cinco utentes, os restantes sete têm de deixar a unidade de cuidados continuados integrados até ao próximo fim de semana. “Os utentes para nós continuavam aqui, sem problemas nenhuns, até haver uma ordem da ARS a dizer que a unidade ia encerrar”, afirmou Rita Cristóvão, administradora do lar.Falta de financiamento levou lar a pedir insolvência |
A empresa Rollar é proprietária desta unidade que, apesar de ser uma unidade de saúde privada, manteve sempre protocolos com o Estado, com os utentes a serem referenciados para o lar através do Serviço Nacional de Saúde.
Mas, no ano passado, a empresa foi declarada insolvente porque o banco “não quis fazer a prorrogação do prazo, dos empréstimos que nós tínhamos”, conta Rita Cristóvão.
Com a empresa proprietária em processo de insolvência, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo optou, em Novembro de 2021, por não renovar os contratos para financiamento e deu ordem para que os 26 doentes, que se encontravam no Clube da Amizade, fossem transferidos para outras unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.
A administradora garante: “ninguém nos disse da parte da ARS que [os utentes] iam ser retirados”.
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo disse à SIC que “aguardou até limite temporal possível que a instituição apresentasse o seu plano de recuperação” e que recebeu indicação da própria unidade que, por motivos de redução do seu quadro de pessoal, “não tinha condições para continuar a garantir o mesmo nível de cuidados prestados”.
Agência de Notícias
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