Complexo Industrial de Sines da Repsol é “um projeto âncora” para país

Projeto prevê a criação de 75 empregos diretos e cerca de 300 indiretos

O secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, considerou a expansão do Complexo Industrial de Sines da Repsol, cujos contratos de cedência de terrenos já foram assinados, “um projeto âncora” para a região e para o país. O secretário de Estado da Internacionalização refere que é um projeto que “vale 800 milhões de euros diretos à balança comercial, por aumento de exportações e por diminuição de importações”. O investimento em Sines prevê a criação de 75 empregos diretos e cerca de 300 indiretos, também de acordo com a Repsol.
Empresa volta a investir no complexo de Sines 

“É um projeto âncora para Sines e é um projeto âncora para o país”, disse o governante, acrescentando que este é um projeto que “vale 800 milhões de euros diretos à balança comercial, por aumento de exportações e por diminuição de importações”.
O secretário de Estado da Internacionalização falava à agência Lusa, em Sines, à margem da assinatura dos contratos entre a aicep Global Parques e a Repsol para a aquisição do direito de superfície de mais 51 hectares e a reserva de direito de superfície de mais 23 hectares, na Zona Industrial e Logística de Sines. 
“É um projeto de modernização de petroquímica que para nós é muito importante pelo impacto que naturalmente tem nos postos de trabalho. Este investimento vai prolongar a vida desta unidade que é uma das mais antigas da Zona Industrial e Logística de Sines e vai fixar e acrescentar postos de trabalho qualificados”, realçou. 
Segundo o governante, os dois contratos permitem “vislumbrar novos projetos”, em particular “na zona de reserva” virados para a economia circular.
“Hoje consolidamos um ‘pipeline’ de investimento em Sines, na Repsol, de 760 milhões de euros, com a clara perceção que poderemos somar, no futuro próximo, projetos diferentes, mais centrados na produção de polímero reciclável e de soluções de último destino de resíduos sólidos urbanos”, realçou o governante.
Estas soluções permitem evitar “atirar para aterro uma parte substantiva do lixo, mas bem pelo contrário ter um final que permita ter uma reutilização, em particular na produção de gases e na produção de energia”, frisou.
A cerimónia de assinatura dos contratos contou ainda com a presença do secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba.

Empresa cria 75 empregos diretos 
Empresa garante 75 empregos diretos e 300 indiretos 
Em comunicado, a Repsol, revelou que cerca de 38 hectares são para expansão do seu complexo industrial neste concelho do litoral alentejano, somando-se aos 143 hectares que a empresa já ocupa.
“Foram ainda reservados 23 hectares para futuros desenvolvimentos, alinhados com a estratégia de descarbonização e transição energética da Repsol”, disse a empresa.
Com esta expansão, a taxa de ocupação da Zona Industrial e Logística de Sines vai subir para “72 por cento, com 274 hectares ocupados”, acrescentou.
A 13 de Outubro, numa sessão presidida pelo primeiro-ministro, António Costa, a Repsol assinou com o Governo um contrato de investimento de 657 milhões de euros para o Complexo Industrial de Sines, a que correspondem incentivos fiscais de até 63 milhões.
Este projeto, classificado como de Potencial Interesse Nacional e apontado com “o maior investimento industrial da última década”, contempla a construção de duas novas fábricas, uma de polipropileno e outra de polietileno linear.
Cada unidade “terá uma capacidade de produção de 300 mil toneladas por ano, com o início de laboração prevista para 2025”, indicou a Repsol.
“Os novos produtos são 100 por cento recicláveis e podem ser utilizados para aplicações altamente especializadas, alinhadas com a transição energética nas indústrias farmacêutica, automóvel ou alimentar”, destacou.
O investimento de 657 milhões de euros em Sines prevê a criação de 75 empregos diretos e cerca de 300 indiretos, também de acordo com a Repsol.

Agência de Notícias com Lusa  

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