CDS-PP recomenda ao Governo a construção de um novo Centro de Saúde na Quinta do Conde

Freguesia com 33 mil habitantes onde só 16 mil têm médico de família precisa de nova unidade de saúde

O Grupo Parlamentar do CDS-PP quer que o Governo desencadeie todos os procedimentos necessários à construção de um Centro de Saúde na Quinta do Conde, concelho de Sesimbra, dotado dos meios proporcionais à população a servir, e que considere a "necessidade de esse equipamento de saúde ser dotado com um Serviço de Urgência Básica, adequado à resolução de situações urgentes de menor gravidade dos utentes da freguesia", dizem os centristas em comunicado enviado à ADN-Agência de Notícias. Esta situação deu origem a uma Petição, cujos 4190 subscritores pedem a "construção de um novo Centro de Saúde em Quinta do Conde com um Serviço de Urgência Básica", invocando, para tal, a existência de um compromisso da Câmara de Sesimbra para a cedência do terreno e do projeto. 
Centristas querem novo centro de saúde em Quinta do Conde

A freguesia da Quinta do Conde tem cerca de 33 mil habitantes, dos quais apenas cerca de 16 mil têm médico de família, significando que praticamente metade da população da freguesia não tem o apoio médico a que tem direito nos cuidados de saúde primários.
"A evolução demográfica da freguesia nos últimos anos não tem sido acompanhada pelo consequente dimensionamento dos serviços públicos, nomeadamente de cuidados de saúde", sublinha o CDS-PP. 
Apesar de atualmente a freguesia ter uma Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados da Quinta do Conde – e uma Unidade de Saúde Familiar Conde Saúde –, estas têm-se "mostrado insuficientes na prestação dos cuidados de saúde primários, básicos e necessários à qualidade de vida dos habitantes da Quinta do Conde", refere o comunicado do CDS-PP. 
A este problema "acrescem a falta de profissionais de saúde – médicos, enfermeiros, assistentes técnicos e operacionais – e o envelhecimento da população, e também o facto de a freguesia ter uma deficiente rede de transportes públicos, o que dificulta o acesso às unidades de saúde, não obstante a considerável pressão demográfica devido à sua localização na Península de Setúbal", sublinha o mesmo comunicado. 
O CDS-PP constata ainda que durante o período noturno – das 20 às oito da manhã – não está disponível "assistência médica de proximidade, sendo que o mais perto que é o Hospital de Setúbal, que se situa a mais de 20 km". 
Esta situação deu origem a uma Petição, cujos 4190 subscritores pedem a "construção de um novo Centro de Saúde na freguesia da Quinta do Conde, concelho de Sesimbra, com um Serviço de Urgência Básica", invocando, para tal, a existência de um compromisso da Câmara de Sesimbra para a cedência do terreno e do projeto.
Os peticionários salientam ainda a necessidade de dotar o centro de saúde dos recursos humanos adequados.

Partido quer recursos para médicos se fixar no distrito 
CDS-PP quer medidas para fixar médicos 
Na audição realizada na Comissão de Saúde, foi referido que foram já feitos vários pedidos à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
Se já antes da pandemia de covid-19 o Serviço Nacional de Saúde (SNS) apresentava limitações na capacidade de prestar serviços de saúde a todos os cidadãos a tempo e horas, agora, "estas limitações estão ainda mais exacerbadas", contam os centristas. 
"Como muitas vezes temos feito notar, não bastam boas intenções para garantir um SNS de qualidade e acessível a todos. Mais do que promessas e anúncios, são necessárias escolhas e medidas concretas que sustentem estas boas intenções. E uma das áreas em que essas boas intenções têm tardado em ser transpostas para a realidade é a dos Cuidados de Saúde Primários, comummente designados como a 'porta de entrada' no SNS", resume o partido. 
Conforme o CDS-PP tem vindo a defender, são precisas medidas que reforcem os recursos humanos, que garantam a fixação de médicos nas zonas carenciadas, que assegurem que as unidades de saúde não se deparam com falta de material fundamental, que a telemedicina (e não meras consultas telefónicas) seja assumida como complemento na prestação de cuidados, considerando todos os modelos organizativos previstos na lei.
"E que, finalmente, todos os cidadãos tenham um médico de família", conclui o comunicado do CDS-PP. 

Agência de Notícias

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