Sesimbra vai aproximar centro da vila da Mata da Vila Amália

Demolição do Bloco da Mata abre portas a novo edifício para habitação social e ligação à Mata 

Em "perigo de derrocada" quase há 25 anos, o Bloco da Mata, em Sesimbra, vai ser demolido e no seu lugar irá nascer um novo edifício.  A operação engloba a demolição do atual edifício de quatro pisos e a construção de um complexo de habitação, composto por vinte fogos para habitação social. A par do edifício, o projeto prevê a "requalificação de espaços públicos, reordenamento do Largo 2 de Abril, que inclui estacionamento, zonas verdes e acessos à Mata da Vila Amália, que, por sua vez, vai ser transformada num parque urbano, cuja obra arranca brevemente", refere a Câmara de Sesimbra. A reabilitação do Bloco da Mata representa um investimento de 2,1 milhões de euros, e beneficia de uma comparticipação na ordem dos 740 mil euros, do Portugal 2020, ao abrigo do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. 
Obras vão melhorar ordenamento da vila 

Já arrancaram os trabalhos que irão por um ponto final num edifício que representa perigo de derrocada há décadas, na vila de Sesimbra. O Bloco da Mata foi construído nos anos 80 do século XX, mas, explica a Câmara Municipal, "há muito que apresenta problemas estruturais, o que exigiu uma solução para o edifício".
O Bloco da Mata é um projeto de habitação social e foi edificado com 25 fogos, dos quais cinco eram T1 (uma sala e um quarto) e os restantes T2 (uma sala e dois quartos). Em 1995, na sequência de trabalhos realizados num edifício vizinho, as fundações do bloco nascente começaram a ceder e a ameaçar ruína, obrigando à retirada de cinco famílias e ao encerramento de uma loja da EDP no piso térreo.
Decorridos 25 anos, o edifício vai começar a ser demolido para dar lugar a um novo edifício de habitação, composto "por vinte fogos para habitação social, de tipologias T1 e T2, e área de serviços no piso térreo", sublinha a autarquia. 
 Em simultâneo o município prevê ligar o local, o Largo 2 de Abril, à Mata da Vila Amália, criando assim uma nova centralidade dentro da vila.
Após ter sido adjudica a empreitada já se iniciou a instalação do estaleiro, prevendo-se que muito em breve comecem os trabalhos de derrube. Ao longo de 545 dias, diz a autarquia. O investimento será de 2,1 milhões de euros, sendo que 740 mil são provenientes do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
“É um trabalho de grandes dimensões e também de importante relevância social, porque, depois de concluído, irá permitir trazer para o centro da vila mais habitantes e, em consequência, dinamizar todas as atividades comerciais aqui instaladas”, disse Francisco Jesus, presidente da Câmara de Sesimbra, citado pelo jornal Semmais.  
Lembre-se que quando foram detetados os problemas estruturais no edifício, a câmara teve de realojar cerca de 50 por cento dos inquilinos noutros locais de Sesimbra e até noutras freguesias fora da vila.
Para Francisco Jesus, a obra é fundamental, uma vez que “existem zonas de comprovado risco e outras que se encontram seladas. É uma obra complexa, porque se localiza numa área complicada e que requer um grande trabalho de estabilização das estruturas”. 
Agora, de acordo com a autarquia, o mesmo piso térreo será recuperado de modo a poder albergar um conjunto de lojas e serviços, enquanto a parte habitacional, dispersa por dois blocos de quatro pisos, será composta por 19 fogos, dez T2 e os restantes T1. Serão ainda criados 18 lugares de estacionamento para residentes e quatro lojas para comerciantes e entidades prestadoras de serviços.

Recuperar um dos espaços verdes mais simbólicos da vila
Francisco Jesus destaca, entre todo o projeto, a oportunidade que agora existe de ser criado um caminho pedonal que irá ligar a zona habitacional à Mata da Vila Amália. “Trata-se de criar condições para que toda a população da vila possa aceder a um espaço verde de grande importância”, diz o presidente.
No essencial, a obra - que está em fase de concurso público - engloba, explica a Câmara de Sesimbra, "a melhoria dos acessos entre as zonas alta e baixa, bem como da ligação ao Largo 2 de Abril, que irá ser requalificado posteriormente, a reorganização dos caminhos pedonais existentes, a instalação de mobiliário urbano, nomeadamente bancos, mesas de piquenique, papeleiras, bebedouro e parque de bicicletas, bem como a construção de uma área de lazer e de um parque infantil com equipamentos para pessoas com mobilidade condicionada, junto ao gimnodesportivo".
Serão também construídos muros de suporte de terras em várias zonas, para estabilizar os taludes.
Estas intervenções serão "acompanhadas pela valorização da mancha florestal, com a plantação de árvores e de espécies de arbustos autóctones, o que ajudará a diversificar a mata do ponto de vista ambiental, estabilizar os solos e melhorar a infiltração das águas. A irrigação será feita por um sistema que assegurará o fornecimento de água de forma controlada", conta a autarquia.
A operação representa um investimento elegível na ordem dos 530 mil euros, cofinanciados em 50 por cento por fundos comunitários, no âmbito de uma candidatura apresentada pela Câmara Municipal, ao Portugal 2020.
Para além de contribuir para a requalificação urbanística da principal entrada da vila, a "concretização desta operação, da qual resultará o maior espaço de lazer na freguesia de Santiago, é mais um exemplo da preocupação da Câmara Municipal em criar áreas para a comunidade no concelho, cujo exemplo mais recente é o Parque Augusto Pólvora, na Maçã, inaugurado em 2017", conclui a câmara de Sesimbra.

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