Ciclista do Montijo brilha no "Giro" em Itália

Autarquia felicita triunfo de Rúben Guerreiro em etapa da Volta a Itália 

A Câmara do  Montijo já saudou o desempenho do ciclista Rúben Guerreiro, natural do concelho, pelo triunfo obtido na nona etapa do Giro, a Volta a Itália em Bicicleta. O ciclista natural do Colunato de Pegões venceu etapa deste domingo e lidera a classificação da montanha numa das três mais importantes provas do calendário internacional que tem hoje dois líderes portugueses em competição, já que João Almeida lidera a geral individual. Rúben Guerreiro, de 26 anos, foi o primeiro português a vencer uma etapa da Volta a Itália nos últimos 31 anos. O ciclista da Education First assumiu que tinha marcado atacar na nona etapa da Volta a Itália, que ganhou este domingo, e que deseja manter a liderança da montanha até ao final da prova. 
Atleta de Pegões voa nas montanhas italianas 


"Tinha marcado este dia no livro da corrida. Foi mesmo difícil ir para a fuga. Parecia que toda a gente queria ir para a fuga. Levámos 80 quilómetros até se formar um grupo. Com muito sorte e sacrifício lá consegui o grupo. Sabíamos que as equipas que estavam a lutar pela vitória na geral não se iam importar muito. O grupo era bastante forte, mas consegui entrar e assim disputar a etapa", assumiu o ciclista do concelho do Montijo 
Nuno Canta, presidente da Câmara do Montijo já disse que o triunfo de Rúben Guerreiro engrandece o concelho e reforça a responsabilidade do município na promoção do desporto. “Fez uma prova extraordinária, de querer e inteligência, triunfando numa das montanhas mais difíceis e em condições atmosféricas muito difíceis. É com enorme satisfação que, no Montijo, saudamos este triunfo”, sublinhou o autarca.
Em declarações à agência Lusa, o ciclista de Pegões assumiu que este triunfo era há muito esperado e que por isso festejou tão intensamente, quando foi o primeiro a cortar a meta em Roccaraso, em cinco horas 41 minutos e 20 segundos, 208 quilómetros após a saída de San Salvo.
"O festejo foi uma coisa de instinto, foi uma emoção muito forte. Há quatro anos que tentava uma vitória internacional. Já tinha sido campeão nacional e tinha tido vários segundos. Finalmente [ganhei] uma etapa numa grande volta, saiu tudo dentro de mim. Foi um festejo que nunca mais vou esquecer", referiu.
Sobre a fuga, Guerreiro revelou que tentou "explorar ao máximo os companheiros de fuga, porque eles estavam muito fortes".
"Sabia que tinha de esperar pela última subida, porque o vento estava de frente. Havia muitos bons contrarrelogistas e bons trepadores. Eu fiz um pouco 'bluff', mas o ciclismo é assim. No final soube bem a vitória", afirmou.
Além da vitória, Ruben Guerreiro vestiu ainda a camisola azul, símbolo de líder do prémio da montanha, que quer manter até à derradeira etapa.
"Esta camisola é muito bonita e muito importante para os italianos. E porque não para os portugueses também? Espero conseguir [levar] esta camisola até Milão. O [Giovanni] Visconti é segundo, a seis pontos, vai ser difícil, mas sinto-me bem". E, quem sabe, chegar ao Montijo de azul. 
O ciclista, que representa a EF Pro, ocupa agora o 31º lugar da classificação geral. João Almeida, outro português em destaque, recorde-se, é líder do Giro'2020 há oito dias, tendo inclusivamente reforçado o seu estatuto esta terça-feira, continuando assim de rosa, a cor da camisola do líder da corrida, que por cá, é amarela. 

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