Suspeita de homicídio no Seixal em prisão domiciliária

PJ de Setúbal detém mulher de 31 anos por suspeitas de matar sexagenário. Tribunal manda-a para casa 

A Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal deteve uma mulher de 31 anos suspeita do homicídio de um homem de 68 que terá ocorrido em Outubro do ano passado, em Corroios, no Seixal, revelou esta quarta-feira à Lusa fonte policial. A mulher detida já foi presente a primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido decretada a medida de coação de obrigação de permanência na casa em que foi localizada, na Trafaria, no concelho de Almada. Ao que tudo indica, a mulher aguarda pelo julgamento em casa para minimizar o risco de propagação de pandemia covid-19 nos estabelecimentos prisionais. 
Mulher foi detida pela PJ de Setúbal 

Segundo o responsável da PJ de Setúbal, Vítor Paiva, a mulher terá acompanhado um homem com problemas de alcoolismo até à residência do próprio, num bairro degradado em Corroios, no Seixal, com o objetivo de obter dele alguma contrapartida para a aquisição de estupefacientes, mas acabou por lhe provocar a morte, desferindo-lhe “vários golpes com um objeto corto-perfurante”.
Depois de consumar o crime, a mulher abandonou o corpo do sexagenário, que só foi descoberto alguns dias depois do crime, já em avançado estado de composição, em Outubro de 2019.
A PJ de Setúbal iniciou de imediato a investigação criminal, que culminou com a detenção da mulher suspeita na Trafaria, no concelho de Almada.
O responsável da PJ de Setúbal reconheceu que a “investigação foi difícil” porque a mulher suspeita, que frequentava bairros degradados e zonas associadas ao consumo de drogas, não tinha paradeiro certo nem raízes familiares.
A mulher detida já foi presente a primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido decretada a medida de coação de obrigação de permanência na casa em que foi localizada, na Trafaria.
Confrontado com o facto de não ter sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva à mulher suspeita de um crime de homicídio, o responsável da PJ de Setúbal admitiu que poderá estar a haver a preocupação de reduzir ao mínimo a aplicação da medida de coação mais grave, para minimizar o risco de propagação de pandemia covid-19 nos estabelecimentos prisionais.

Agência de Notícias com Lusa 

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