Empresa voluntaria-se para fazer viseiras em Setúbal

Empresa da cidade faz duas mil viseiras com recurso a impressão a três dimensões


O surto de coronavírus tem gerado diversas situações em que munícipes de Setúbal e empresas tomam a iniciativa de ajudar pessoal médico e unidades de saúde no combate à pandemia. “Não ganhamos nada com isto. Simplesmente, readaptamo-nos. A produção das viseiras vai aumentando de dia para dia, à medida das necessidades”, afirma Luís Fialho, da start-up portuguesa FAN 3D, que, em termos nacionais, já produziu mais de duas mil viseiras com recurso a impressão a três dimensões. Mas um grande exemplo da região para apoiar os hospitais do distrito e do país.
Pinhal Novo também recebeu viseiras de proteção 

Desde 4 de Abril que a empresa fabrica as viseiras num dos edifícios do Parque Municipal de Poçoilos, depois de uma cedência de instalações pela Câmara de Setúbal, mas a iniciativa começou quando o responsável desta empresa, Eurico Assunção, falou com uma vizinha enfermeira, que lhe disse que não tinham equipamento.
Eurico Assunção, Luís Fialho e David Barbosa vivem em Setúbal, são engenheiros mecânicos e trabalham na FAN 3D, empresa especializada em consultadoria de engenharia e que presta apoio para a indústria nas melhores práticas da impressão a três dimensões.
A empresa e os colaboradores saíram do nicho de mercado habitual, agarraram nas impressoras 3D que têm à disposição, e colocaram-nas ao serviço da segurança com a fabricação de viseiras de proteção para os profissionais de saúde.
“As viseiras foram testadas e validadas pelos profissionais de saúde e são reutilizáveis, o que quer dizer que podem ser esterilizadas”, assegura Luís Fialho.
A empresa que entregou 30 viseiras ao hospital de Setúbal, o que gerou muitos pedidos de outras instituições hospitalares de todo o país e à entrega de mais materiais médicos elaborados pela FAN3D.
O formulário, disponível na página da empresa na rede social Facebook, foi já preenchido por mais de 50 entidades de todo o país, tendo como objetivo angariar pessoas ou empresas que possuam impressoras a três dimensões, de forma a conseguir ajudar hospitais a ter o material necessário para o combate à pandemia da covid-19.
“Temos uma enorme vontade de ajudar qualquer instituição que precise de material médico nesta complicada altura em que os bens necessários estão a esgotar e toda a ajuda é bem recebida”, afirmou o diretor da empresa, Eurico Assunção.

Agência de Notícias

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