Exercício testa resposta a emergência em Setúbal

Cidade prepara plano de emergência para a Mitrena

Um descarrilamento ferroviário, seguido de derrame e dispersão de uma nuvem tóxica, é o cenário do Mitrex 2018, simulacro a realizar no dia 16 de Novembro, de manhã, em Setúbal, para teste da capacidade interoperacional de resposta a uma situação de emergência. O exercício que decorre na península industrial da Mitrena, "constitui um momento de treino que testa as capacidades de socorro e de coordenação entre agentes de proteção civil do concelho", sublinha a Câmara de Setúbal. Maria das Dores Meira salientou que a realização deste tipo de simulacros “é uma vertente fundamental da atividade de proteção civil” que permite “afinar melhor os procedimentos, compreender se os meios disponíveis são adequados e entender como responde todo o aparelho municipal a uma situação deste tipo”, disse a presidente da autarquia.
Autarquia apresentou exercício 

O descarrilamento ferroviário, de origem desconhecida, de um vagão cisterna, seguido de derrame e dispersão de uma nuvem de vapor de amoníaco, é o cenário escolhido neste simulacro enquadrado na necessidade de revisão do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Setúbal.
O exercício, organizado pela Câmara  de Setúbal, com o envolvimento de cerca de seis mil pessoas e de perto de três dezenas de entidades, simula uma situação complexa cujo desenvolvimento exige diferentes momentos de intervenção nas operações de proteção e socorro e da gestão da emergência.
“Este acidente irá pôr à prova não apenas as nossas capacidades de socorro, mas também as capacidades de todos os agentes de proteção civil do concelho, assim como as aptidões das empresas da península da Mitrena”, afirmou a presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira.
Para a autarca, parte fundamental do exercício Mitrex 2018 “é a coordenação entre os múltiplos meios envolvidos”, até porque, apontou, “trata-se de um acidente [simulado] com muitas implicações, em plena zona industrial, mas que é também uma área residencial”.
Para “garantir o bem supremo que é a segurança das populações”, reforçou a autarca, todo o investimento em matéria de proteção civil “nunca pode ser entendido como excessivo”, razão pela qual, alertou, “é necessário pensar e decidir sobre meios de financiamento que devem ser disponibilizados para essa função”.

Teste aos pontos críticos da Mitrena 
O vereador da Proteção Civil na autarquia, Carlos Rabaçal, acrescentou que o Mitrex 2018, conduzido em formato de Live X, ou seja, com ações reais no terreno, é dinamizado “numa lógica de trabalho regular e essencial para a qualificação de todos os agentes do território”.
O simulacro, com o envolvimento dos cerca de cinco mil trabalhadores que laboram na península industrial da Mitrena, conta com a participação de cerca de meia centena de elementos de proteção civil e de mais de seiscentos alunos do secundário, que atuam como figurantes.
O comandante da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal, Paulo Lamego, responsável pelo comando operacional das operações em território abrangido pelo Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Setúbal, adiantou que este é um “teste com seis meses de preparação”.
O simulacro, entre outros, conta com atuação do Grupo de Intervenção em Matérias Perigosas da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal, o “único do género existente a sul do rio Tejo” e cujos custos de manutenção são assegurados pela Câmara de Setúbal.
O exercício tem como finalidade testar a ativação da Comissão Municipal de Proteção Civil, integrar os membros do Grupo Mitrena nos processos de apoio à tomada de decisão, treinar processos conjuntos de tomada de decisão e ensaiar o empenhamento conjunto de equipas operacionais.
A identificação de pontos críticos na rede de mobilidade urbana na Mitrena e o treino de evacuações em massa são também objetivos definidos no Mitrex 2018, o qual constituiu, igualmente, uma oportunidade para a revisão de planos de emergência, tanto de empresas como a nível municipal.
O Mitrex 2018, explicou o coordenador do Serviço Municipal de Proteção Civil de Setúbal, José Luís Bucho, é uma simulação que pode um dia vir a ser uma realidade. “Há probabilidade de acontecer um acidente e, nesse caso, a resposta real é esta que vamos treinar neste teste de âmbito municipal”.

Agência de Notícias com Câmara de Setúbal 

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