Alunos da Escola Básica D. Pedro Varela pedem mais funcionários e mais investimento
Cerca de uma centena de estudantes da Escola Básica D. Pedro Varela, no Montijo, que protestavam pela falta de funcionários, foram empurrados enquanto permaneciam concentrados junto ao portão. A acção policial sobre os estudantes motivou assistência por parte dos bombeiros locais. Os estudantes contestavam a falta de investimento e desresponsabilização por parte do Governo, "que levou ao encerramento do bar, do polidesportivo e da papelaria por falta de funcionários". A PSP chamada ao local para reabrir escola. Mas ninguém entrou. A falta de pessoal é um problema "antigo" nesta escola sobretudo devido às "baixas médicas". A autarquia está a par do problema e admite, num futuro breve, avançar para a contratação de mais funcionários para "resolver de vez o problema".
Alunos fecharam escola a cadeado |
Com o bar e papelaria encerrados e com o polidesportivo sem funcionar, os alunos da Escola Básica D. Pedro Varela, no Montijo, fecharam, na manhã desta quinta-feira, as portas do estabelecimento de ensino a cadeado como medida de protesto.
A Polícia de Segurança Pública (PSP) foi chamada ao local reabrindo as portas da escola, mas os alunos com o apoio e a solidariedade de professores e alguns encarregados de educação, optaram por não entrar, concentrando-se à porta do estabelecimento de ensino.
Em causa está a falta de assistentes operacionais, que obrigou ao encerramento do bar por tempo indeterminado, além de outros serviços como o da papelaria que também já teve de fechar.
A situação não é nova nesta escola que, pelo mesmo motivo, já teve este ano também o pavilhão desportivo fechado, impossibilitando que fossem cumpridas aulas de Educação Física.
À ADN-Agência de Noticias, os estudantes explicaram as razões do protesto. "Nós estudantes da Escola Básica D. Pedro Varela, realizámos uma acção de luta contra a falta de funcionários, a existência de amianto e falta de condições na nossa escola".
Os alunos afirmam "que os problemas da escola é consequência sucessivas políticas de desresponsabilização e desinvestimento dos sucessivos Governos PS, PSD e CDS-PP. Foi realizado um plano de transferências de encargos e responsabilidades para a Câmara do Montijo que devem ser da obrigação do Ministério da Educação. Esta transferência veio provar ser um desastre, porque cabe ao Governo assegurar os postos de trabalho dos funcionários e consequentemente assegurar uma Escola Pública com qualidade para todos", referiram em comunicados alunos que não aceitam "a falta investimento Governo na Educação" nem a "falta de funcionários, que levou ao encerramento do bar, da papelaria e do polidesportivo".
JCP critica força policial
A falta de assistentes operacionais é um problema antigo desta escola do Montijo. E existem alguns casos "muito preocupantes".Como é o caso de algumas crianças que têm direito a lanches gratuitos, por carências económicas, que desde o fecho do serviço do bar não têm tido acesso a essa alimentação a que têm direito.
A vigilância em alguns dos espaços da escola é outro dos problemas. “A segurança não está acautelada”, dizem os encarregados de educação.
Desde o passado dia 16 de Novembro que o serviço Bar da escola tem estado encerrado, devido à falta de auxiliares de acção educativa. Além do serviço do bar, juntam-se os diversos encerramentos temporários da papelaria, e a degradação do serviço da cantina e de outros serviços.
"À falta de condições humanas é associada a falta de condições materiais na escola, seja ao nível de equipamentos e estruturas como é o caso da falta de aquecimento comprometem a saúde e aprendizagem dos estudantes", lembra a Juventude Comunista Portuguesa (JCP) em comunicado enviado à ADN-Agência de Notícias.
A JCP rejeita "veemente este processo, reclamando que é ao Ministério da Educação que cabe assegurar os postos de trabalho dos funcionários e, consequentemente, possibilitar o bom funcionamento das escolas".
Os jovens comunistas manifestam, no entanto, "o repúdio pelo uso injustificado da força por parte das autoridades. É inaceitável, complemente desproporcional e aprofunda o ataque aos direitos, liberdades e garantias constitucionais destes estudantes, que apenas procuravam denunciar e exigir a resolução dos problemas da sua escola. A participação dos estudantes na procura de resolução de problemas da vida das escolas, deve ser sempre valorizada e nunca alvo de qualquer tipo de violência", sublinha o comunicado.
Desde o passado dia 16 de Novembro que o serviço Bar da escola tem estado encerrado, devido à falta de auxiliares de acção educativa. Além do serviço do bar, juntam-se os diversos encerramentos temporários da papelaria, e a degradação do serviço da cantina e de outros serviços.
"À falta de condições humanas é associada a falta de condições materiais na escola, seja ao nível de equipamentos e estruturas como é o caso da falta de aquecimento comprometem a saúde e aprendizagem dos estudantes", lembra a Juventude Comunista Portuguesa (JCP) em comunicado enviado à ADN-Agência de Notícias.
A JCP rejeita "veemente este processo, reclamando que é ao Ministério da Educação que cabe assegurar os postos de trabalho dos funcionários e, consequentemente, possibilitar o bom funcionamento das escolas".
Os jovens comunistas manifestam, no entanto, "o repúdio pelo uso injustificado da força por parte das autoridades. É inaceitável, complemente desproporcional e aprofunda o ataque aos direitos, liberdades e garantias constitucionais destes estudantes, que apenas procuravam denunciar e exigir a resolução dos problemas da sua escola. A participação dos estudantes na procura de resolução de problemas da vida das escolas, deve ser sempre valorizada e nunca alvo de qualquer tipo de violência", sublinha o comunicado.
Câmara do Montijo admite recorrer a contratação externa
Em comunicado, a Comissão Concelhia do PCP lembra que “a contratação de pessoal auxiliar é uma responsabilidade da Câmara de Montijo” e já veio acusar a autarquia de “mais uma vez falhar nas suas competências”.
A autarquia, no entanto, lembra que "cumpre com o rácio de pessoal estabelecido por lei para as escolas".
A autarquia, no entanto, lembra que "cumpre com o rácio de pessoal estabelecido por lei para as escolas".
No entanto, como reconhece a escola e a autarquia, um dos maiores problemas são os "pedidos de baixa médica solicitados por funcionários".
A vereadora da Educação da Câmara do Montijo já reconheceu que "num futuro próximo a autarquia deverá vir a optar por recorrer à contratação externa para resolver definitivamente o problema da falta de assistentes operacionais", disse Maria Clara Silva.
Agência de Notícias
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