8,7 milhões para remover resíduos no Seixal

Limpeza de resíduos perigosos no parque industrial já arrancou

A empresa pública Baía do Tejo anunciou que está em curso a remoção de milhares de toneladas de resíduos no parque empresarial do Seixal, numa operação de 8,7 milhões de euros, que deverá estar concluída em 2019. Em comunicado, a empresa refere que a operação, que foi consignada em Agosto deste ano, tem como objetivo a remoção de 21 mil 250 toneladas de lamas da aciaria e de 30 mil 250 toneladas de "pós de goela", que se encontram na zona norte território da antiga Siderurgia Nacional. O secretário de estado do Ambiente, Carlos Martins, vai estar esta segunda-feira nos dois parques empresariais, para visitar o local onde decorre a ligação de resíduos e a empreitada de ligação da rede de saneamento à ETAR.
Investimento para limpar resíduos no Seixal 

"Estes resíduos serão removidos, carregados e encaminhados para o Centro Integrado de Recuperação Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos, propriedade da Entidade Executante EGEO/SISAV. A intervenção terá a duração de seis meses, tendo até ao momento sido removidas cerca de seis mil toneladas de lamas da aciaria", refere, explicando que a operação decorre no âmbito de candidatura aprovada pelo Poseur no valor de 8,7 milhões de euros.
A Baía do Tejo, do universo Parpública (empresas detidas pelo Estado), tem a seu cargo a gestão dos Parques Empresariais localizados no Barreiro, Seixal e Estarreja, bem como o desenvolvimento do projeto Arco Ribeirinho Sul, que prevê a requalificação de antigas áreas industriais da Quimiparque, no Barreiro, da Siderurgia, no Seixal, e da Margueira, em Almada.
A empresa salienta que no parque empresarial do Barreiro já foram executadas intervenções no valor de 5,8 milhões de euros, que permitiram a retirada de 33 mil 330 toneladas de resíduos.
"Nas candidaturas aprovadas para o Barreiro e Seixal foram executadas ou encontram-se em curso operações no valor global de 14,5 milhões de euros e serão lançados este ano novos concursos para estudos no Barreiro e Seixal para áreas considerados como prioritárias pela Agência Portuguesa do Ambiente, que serão objeto de novas candidaturas", explica a Baía do Tejo, num processo que tem estado a decorrer desde 2011, de modo a conseguir a requalificação ambiental dos territórios.

Ligação à ETAR do Barreiro e da Moita 
No caso do parque empresarial do Barreiro, a Baía do Tejo avançou também com uma intervenção de 1,1 milhões de euros, que decorreu ao longo de quatro meses, para ligar o serviço de infraestruturas de saneamento que foram sendo construídas ao longo de 100 anos de laboração do parque industrial, onda estava localizada a antiga CUF, que foi um dos maiores complexos industriais europeu no século passado, à Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Barreiro e Moita.
"Irá permitir encaminhar para a ETAR da Simarsul o efluente produzido, não só pelas cerca de 200 empresas instaladas no Parque empresarial, mas ainda aquele proveniente de algumas zonas da cidade do Barreiro", explica.
Constituída por uma estação elevatória e três descarregadores de tempestade com válvulas de maré, para evitar o refluxo, e perto de um quilómetro de tubagens de compressão, prevê-se que este conjunto de infraestruturas entre em serviço após a aprovação de ligação ao concedente Simarsul.

Agência de Notícias com Lusa 

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