Fumo negro e chama alta assustam população em Sines

PAN questiona Governo sobre alegada poluição atmosférica

O PAN (Pessoas-Animais-Natureza) questionou nesta segunda-feira o Ministério do Ambiente sobre a "alegada queima e emissão irregular de hidrocarbonetos", no último fim-de-semana, no Complexo Industrial de Sines, no distrito de Setúbal. O fumo negro e uma chama alta da fábrica da Repsol, está a assustar a população. Referem que a situação não é nova, mas que está a acontecer cada vez com mais frequência. Também a Câmara de Sines informou, na sua página na Internet, ter dado conhecimento às autoridades com competência em matéria ambiental sobre "mais um episódio de fumo negro com origem na fábrica da Repsol".
Nuvem de fumo negro está em análise 

Depois de "testemunhos gravados em vídeo", nas redes sociais, com "registos nocturnos e diurnos", o PAN diz, em comunicado, que quer saber se o Governo "tem conhecimento" da ocorrência em "pleno pico turístico" e "se o mesmo é procedente do Complexo da Repsol em Sines".
Em caso de "poluição atmosférica excessiva", o PAN questionou ainda o Governo sobre as "acções que foram promovidas" pela Agência Portuguesa do Ambiente "para colmatar esta irregularidade" e "que medidas foram tomadas para alertar as pessoas da região".
O partido também quer saber se a ultrapassagem dos valores nas emissões de ozono, ocorrida no início de Agosto e detectada pela estação de monitorização da qualidade do ar, em Monte Chãos, no concelho de Sines, teve "origem ou relação com as operações do Complexo Industrial de Sines".
O PAN alerta para os efeitos na saúde das populações "expostas a curto prazo a elevadas concentrações de ozono" e que conduzem a "danos nos pulmões e inflamação das vias respiratórias, aumento da tosse e maior probabilidade de ataques de asma".
Também a Câmara de Sines informou, na sua página na Internet, ter dado conhecimento às autoridades com competência em matéria ambiental sobre "mais um episódio de fumo negro com origem na fábrica da Repsol em Sines", ocorrido na última sexta-feira.
Trata-se, segundo o município, de "episódios recorrentes de fumo negro, com forte ruído por vezes associado, proveniente das flares do complexo industrial da Repsol" e que "além de todos os danos causados ao meio ambiente, incomoda e prejudica quem vive cá e turistas".
De acordo com a autarquia, que cita uma informação divulgada pela empresa Repsol Polímeros, o último episódio de poluição atmosférica resultou de "uma perturbação na Unidade de Steam Cracker por actuação de um automatismo que fez disparar vários equipamentos desta unidade e obrigou à sua paragem".
No ofício enviado à Agência Portuguesa do Ambiente, Inspecção-geral de Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Território, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, Direcção Regional de Economia do Alentejo, Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação e Autoridade de Saúde, a Câmara de Sines solicita uma intervenção "de forma a ajudar a resolver a situação".

Agência de Notícias com Lusa

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