Santa Casa ajuda Raríssimas na Moita

Misericórdia de Lisboa promete apoio financeiro “imediato” mas não avança valor

A Raríssimas, na Moita, vai contar com o apoio financeiro da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa para dar resposta às necessidades mais urgentes com que a instituição se depara atualmente. Em comunicado enviado às redações, a direção da Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras revela que estão a decorrer conversações entre a Raríssimas e a Santa Casa no sentido de estudar possíveis formas de cooperação entre as duas entidades. Um mês após a sua tomada de posse, no início de Fevereiro, a nova presidente, Margarida Laygue, apelou à ajuda dos portugueses, principalmente dos mecenas, para salvar a instituição. Recorde-se que apesar da polémica que envolveu a Raríssimas e que levou à destituição da antiga presidente, Paula Brito da Costa, a associação conseguiu garantir que todos os serviços de apoio a pessoas com doenças raras e respetivas famílias continuassem a funcionar. 
Apoio imediato pode salvar Casa do Marcos 

A Raríssimas - Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras, com sede na Moita, vai ter o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa para enfrentar as suas "necessidades mais urgentes e críticas", anunciou a instituição. A direção da Raríssimas "tem ativamente desenvolvido esforços no sentido de procurar, junto de organismos públicos e privados, soluções que viabilizem a continuidade e consolidação dos serviços" que presta, afirma a entidade em comunicado.
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa é parceira da Raríssimas e já prestou a ajuda no passado. A sua decisão de atribuir um apoio financeiro (cuja soma não foi divulgada) à associação é, segundo a direção da Raríssimas, "o reconhecimento da importância do trabalho desenvolvido junto das pessoas com doenças raras e respetivas famílias".
Estão também a decorrer conversações entre a Raríssimas e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa para o estudo de possíveis formas de cooperação entre as duas entidades, acrescenta a informação.
Paula Brito da Costa, fundadora da Raríssimas, demitiu-se da presidência e foi constituída arguida após uma reportagem da TVI em que se levantavam suspeitas sobre a sua gestão, nomeadamente a utilização de verbas da instituição para diversos gastos pessoais.

Casa dos Marcos esteve "em risco" 
Depois de alguma indefinição, Margarida Laygue acabou por ser eleita nova presidente da Raríssimas. Tomou posse no inicio deste ano e fez soar as campainhas: a debandada dos apoios, por causa do escândalo, podia pôr em causa a sobrevivência da instituição. Um alerta que já tinha sido feito pelo Presidente da República.
Em Dezembro do ano passado, Marcelo Rebelo de Sousa dizia, em declarações à Lusa, que “o pior que podia acontecer era que, de repente, houvesse uma rutura e que as grandes vítimas fossem as crianças” e que a investigação ao caso não podia “levar meses”, uma vez que isso poderia significar “eventualmente a morte de uma instituição”.
Marcelo Rebelo de Sousa chegou mesmo a visitar, quase em segredo, as crianças da Casa dos Marcos na véspera de Natal, para reforçar a importância de não abandonar a instituição que apoia cerca de 300 pessoas com doenças raras.

Agência de Notícias com Lusa 

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