Abatimento de muro põe casas em risco
Para Pedro Vieira, a praia "precisa de areia para se defender da energia das ondas", lamentando que por ali só existam pedras que dão mais força ao mar", alerta. Recordou o relatório do Laboratório Nacional de Engenharia e Geologia, publicado em 2017, que alertava para a necessidade de ser feita uma intervenção de fundo na Arrábida que permitisse colocar mais areia para amortecer a força das ondas.
A forte agitação marítima provocou danos consideráveis no acesso pedonal a um dos restaurantes do Portinho da Arrábida, que vai permanecer fechado até reparação do acesso, e afetou muros de casas de segunda habitação no local. Segundo a Agência Portuguesa do Ambiente, para salvaguardar mais estragos durante a noite de quinta-feira, foram já colocados sacos com areia na zona mais exposta aos efeitos da ondulação e efetuado o balizamento da zona afetada, para condicionamento do acesso ao público. "Relativamente à reparação do muro afetado, nomeadamente da zona colocada a descoberto por ação do mar, a Agência Portuguesa do Ambiente, logo que esteja ultrapassado este episódio de forte agitação marítima, irá proceder à avaliação técnica da situação, com vista ao seu enquadramento financeiro e concretização", refere aquele organismo. A Câmara de Setúbal diz que o problema no Portinho da Arrábida “já se arrasta há uns anos”, que a conservação do muro é uma obra “para ser feita pela Agência Portuguesa do Ambiente” mas que até agora não houve autorização para o fazer por parte do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, que gere o Parque Natural da Arrábida.
Forte ondulação no Portinho da Arrábida danificou casas | Lusa |
O acesso à praia do Creiro (mais conhecida como Portinho da Arrábida) abateu durante a noite de quarta-feira na sequência do temporal que se fez sentir. A situação é descrita pelo presidente do Clube da Arrábida, Pedro Soares Vieira, diz tratar-se de “um muro de proteção que também funciona como caminho de acesso à praia”.
O acesso, continua, separa o mar das casas (essencialmente de veraneio) e a parte atingida pela tempestade desta noite inviabiliza o acesso ao Restaurante Farol, assegura o presidente. “Além de o muro ter abatido, ficaram à mostra as condutas elétricas e as condutas da água”.Para Pedro Vieira, a praia "precisa de areia para se defender da energia das ondas", lamentando que por ali só existam pedras que dão mais força ao mar", alerta. Recordou o relatório do Laboratório Nacional de Engenharia e Geologia, publicado em 2017, que alertava para a necessidade de ser feita uma intervenção de fundo na Arrábida que permitisse colocar mais areia para amortecer a força das ondas.
A Agência Portuguesa do Ambiente já disse que, tendo em conta a “zona colocada a descoberto por ação do mar”, vai proceder “à avaliação técnica da situação com vista ao seu enquadramento financeiro e concretização”, logo que esteja ultrapassado o episódio de forte agitação marítima.
Em Maio de 2017, a Câmara de Setúbal passou a gerir as praias da Arrábida graças a protocolos de gestão celebrados com a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra e com a Agência Portuguesa do Ambiente, acordos esses que passaram a possibilitar investimentos municipais de mais 3,6 milhões de euros com vista à “melhoria das zonas balneares”.
A gestão das praias, tendo em conta a responsabilidade da autarquia, é do ponto de vista balnear, explica a Câmara de Setúbal. “O protocolo assinado com a Agência Portuguesa de Ambiente para a delegação de competências na autarquia sadina da gestão das praias do Portinho, Creiro, Galapinhos, Galapos e Figueirinha incide em matérias relacionadas com apoios de praia e equipamentos”, lê-se em nota de imprensa.
Mas Pedro Soares Vieira fala numa situação “fruto de um abandono profundo” e associa-o ao“profundo desassoreamento” no Portinho da Arrábida. “Ao longo dos últimos 50 anos, o Portinho teve um desassoreamento brutal em que se perderam perto de mil metros de comprimento de costa”. Ou seja, “a areia desapareceu. Ao não haver areia na praia deixa de existir proteção natural. A areia tem a função de amortecer a força do mar”, disse o presidente do Clube da Arrábida., citado pelo jornal Observador.
Situação não é nova no Portinho da Arrábida
A situação não é nova. Em Fevereiro de 2010 aconteceu uma situação idêntica no Portinho da Arrábida, quando a proteção “do caminho de emergência que dá acesso às praias” abateu devido a um temporal. À data foram precisos nove meses para ser feita a reparação do caminho em questão, assegura Pedro Soares Vieira.
Em 2011, o Clube da Arrábida realizou um colóquio sobre o tema “que juntou os maiores especialistas em erosão costeira”, cujos resultados foram posteriormente publicados num livro apoiado pela Câmara de Setúbal, Parque Natural da Arrábida e Ministério do Ambiente. Na altura, “apontava-se a necessidade de um estudo de impacto urgente para mitigar os problemas de erosão costeira”.
No verão passado foi divulgado um estudo elaborado pelo Laboratório Nacional de Energia e Geologia que recomendava um plano de intervenção devido ao “estado de degradação” no Portinho da Arrábida. De acordo com o estudo, citado pelo jornal Público, o areal do Portinho diminuiu “de forma acentuada” nos últimos 100 anos, “reduzindo substancialmente” a qualidade balnear.
A gestão das praias, tendo em conta a responsabilidade da autarquia, é do ponto de vista balnear, explica a Câmara de Setúbal. “O protocolo assinado com a Agência Portuguesa de Ambiente para a delegação de competências na autarquia sadina da gestão das praias do Portinho, Creiro, Galapinhos, Galapos e Figueirinha incide em matérias relacionadas com apoios de praia e equipamentos”, lê-se em nota de imprensa.
Mas Pedro Soares Vieira fala numa situação “fruto de um abandono profundo” e associa-o ao“profundo desassoreamento” no Portinho da Arrábida. “Ao longo dos últimos 50 anos, o Portinho teve um desassoreamento brutal em que se perderam perto de mil metros de comprimento de costa”. Ou seja, “a areia desapareceu. Ao não haver areia na praia deixa de existir proteção natural. A areia tem a função de amortecer a força do mar”, disse o presidente do Clube da Arrábida., citado pelo jornal Observador.
Situação não é nova no Portinho da Arrábida
A situação não é nova. Em Fevereiro de 2010 aconteceu uma situação idêntica no Portinho da Arrábida, quando a proteção “do caminho de emergência que dá acesso às praias” abateu devido a um temporal. À data foram precisos nove meses para ser feita a reparação do caminho em questão, assegura Pedro Soares Vieira.
Em 2011, o Clube da Arrábida realizou um colóquio sobre o tema “que juntou os maiores especialistas em erosão costeira”, cujos resultados foram posteriormente publicados num livro apoiado pela Câmara de Setúbal, Parque Natural da Arrábida e Ministério do Ambiente. Na altura, “apontava-se a necessidade de um estudo de impacto urgente para mitigar os problemas de erosão costeira”.
No verão passado foi divulgado um estudo elaborado pelo Laboratório Nacional de Energia e Geologia que recomendava um plano de intervenção devido ao “estado de degradação” no Portinho da Arrábida. De acordo com o estudo, citado pelo jornal Público, o areal do Portinho diminuiu “de forma acentuada” nos últimos 100 anos, “reduzindo substancialmente” a qualidade balnear.
Agência de Notícias
Comentários
Enviar um comentário