Almada investe mais de 6.2 milhões de euros nas escolas

Câmara anuncia nova escola na Charneca de Caparica e requalificação na escola da Trafaria 

A Câmara de Almada anunciou um investimento de 6,2 milhões de euros nas escolas do concelho, com destaque para a construção de uma nova escola de 1º Ciclo com jardim de infância na Charneca de Caparica e na requalificação da escola básica da Trafaria. O investimento total inclui ainda a requalificação de quatro escolas e a remoção de coberturas em fibrocimento com amianto noutros 11 estabelecimentos de ensino. A comparticipação comunitária será de 1,1 milhões de euros, com a autarquia a investir 5,1 milhões. Sobre a escola secundária do Monte de Caparica, onde esta terça-feira houve uma manifestação para reivindicar a finalização das obras paradas desde 2011, o ministro da Educação disse estar a trabalhar para que a intervenção possa acontecer ainda este ano.


Câmara de Almada anunciou investimento na educação 

A construção da nova escola na Charneca de Caparica, que teve início dia 6 de Março, vai custar 2,1 milhões de euros, totalmente assumidos pelo município. "A comparticipação comunitária é só para processos de reabilitação", explicou o presidente da Câmara de Almada, Joaquim Judas, que criticou a falta de investimento do Governo. 
Segundo a autarquia, o estabelecimento vai servir 400 crianças e terá refeitório e cozinha, biblioteca, ginásio, núcleo de gabinetes, zona de casas-de-banho e balneários, recreio coberto, campo de jogos, zona de jogos lúdicos, horta pedagógica e área de recreio. Na proximidade da escola será construído um jardim público e uma zona de estacionamento na Rua Quinta de Santa Maria e na Rua da Paz.
O investimento de 487 mil e 500 euros na requalificação da Escola Básica do 1.º ciclo da Trafaria n.º 1 será também garantido na totalidade pelo município.
Ao todo a autarquia liderada pelo comunista Joaquim Judas vai investir 6.2 milhões euros numa série de obras de melhoramento das condições das escolas do concelho, sendo que dessa verba, 1,1 milhões provêm de comparticipação comunitária através de candidaturas aprovadas ao Portugal 2020.
Relativamente a outros estabelecimentos, está em fase de concurso público uma obra de requalificação da Escola Básica do 1.º ciclo do Laranjeiro n.º 1, para que funcione em regime normal, e que representa um investimento de quase 858 mil euros.
Já em fase de adjudicação em concurso público encontra-se também outra obra de requalificação da escola de 2.º e 3.º ciclos do ensino básico D. António da Costa, para integração do 1.º ciclo do ensino básico e jardim-de-infância. A obra, de um valor total de 234 mil euros, é feita entre a autarquia e o Ministério da Educação.
No Feijó, a ampliação e requalificação da Escola Básica do 1.º ciclo Maria Rosa Colaço vai custar 1.2 milhões de euros e está também em fase de concurso público. Por sua vez, a Escola Básica do 1.º ciclo da Cova da Piedade n.º 2 será beneficiada com a construção de um refeitório. A obra tem o custo de 182 mil e 817 euros.

Escolas livres de fibrocimento 
O município de Almada tem igualmente em curso a substituição das coberturas de fibrocimento de 11 escolas de 1.º ciclo do ensino básico e jardins-de-infância do concelho, sob gestão municipal, num investimento global superior a um milhão de euros. Neste caso, a comparticipação comunitária é superior a 320 mil euros.
Obras extensíveis a colocação de telheiros e pinturas exteriores, entretanto em fase de adjudicação em concurso público, serão feitas também na Escola Básica do 1.º ciclo da Cova da Piedade n.º 1, no Jardim-de-Infância de Marco Cabaço e Escola Básica do 1.º ciclo do Laranjeiro n.º 2.

Governo garante requalificação na Secundária do Monte de Caparica 

Os alunos da Escola Secundária do Monte de Caparica estiveram, ontem, em protesto. Reclamam melhores condições no estabelecimento de ensino onde há quase sete anos as aulas são leccionadas em contentores.
A situação tem-se arrastado, enquanto a comunidade escolar aguarda pela conclusão das obras que estão a ser feitas no estabelecimento de ensino.
O presidente da Associação de Estudantes, Hélder Moita, disse à Rádio Renascença que é difícil ter aulas nos contentores. seja em dias de chuva ou de calor.
“Se chover, chove lá dentro. Já se fizer calor, acaba por ser mais agradável ter aulas ao ar livre, porque lá dentro parece uma estufa”, descreve.
A escola tem mais de dois mil alunos, metade dos quais têm aulas em 20 contentores.
A direcção do agrupamento já sinalizou a situação há vários anos mas tem tardado o cumprimento das formalidades burocráticas para que as obras possam ser concluídas.
A autarquia conhece o problema e, disse Joaquim Judas, "após contacto com a secretária de Estado [Alexandra Leitão] estávamos confiantes de que as obras começariam no início do ano letivo, mas a escola voltou a ser preterida".
Joaquim Judas lembrou que tanto a autarquia como a Assembleia Municipal e os órgãos da Freguesia da Caparica realizaram “insistentes contactos” junto do Ministério da Educação do actual e do anterior Governo, no sentido de desbloquear a resolução do problema, sem que tenham recebido resposta. “Continuamos a não ter investimento na escola do Monte de Caparica”, realçou o presidente.
O Ministério da Educação disse esta terça-feira, no Parlamento, que a escola "é uma prioridade" e "está pendente de assinatura a portaria de extensão de encargos que permitirá o retomar da intervenção no mais curto espaço de tempo possível". Tiago Brandão Rodrigues disse estar a trabalhar para que a intervenção possa acontecer ainda este ano.

Agência de Notícias com Lusa

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