Família em Palmela hospitalizada por intoxicação

Cinco pessoas da mesma família no hospital por inalação de monóxido de carbono

Cinco pessoas da mesma família, incluindo dois menores e residentes em Olhos de Água, no concelho de Palmela, receberam este sábado de madrugada assistência hospitalar devido a uma intoxicação por monóxido de carbono, revelaram os bombeiros e a GNR. O Comando Distrital de Operações de Socorro de Setúbal revelou à agência Lusa que o alerta para a intoxicação, numa residência na Estrada Nacional 379-2, em Olhos de Água, na freguesia de Pinhal Novo, foi dado aos bombeiros às 3h22. Intoxicação terá tido origem “numa salamandra”. Vítimas são três adultos, dos quais dois homens, com 22 e 48 anos, e uma mulher, de 33, e dois menores, um deles um rapaz, de 16 anos, e uma menina, de seis anos. 
As salamandras são essenciais nestes dias frios mas há cuidados a ter

A intoxicação terá tido origem “numa salamandra”, disse a mesma fonte, acrescentando que uma das vítimas foi transportada para o Hospital de S. Bernardo, em Setúbal, em estado grave, tendo as outras quatro sido levadas para a mesma unidade e consideradas feridos leves.
Contactado pela Lusa, o Comando Territorial de Setúbal da GNR precisou que as vítimas são três adultos, dos quais dois homens, com 22 e 48 anos, e uma mulher, de 33, e dois menores, um deles um rapaz, de 16 anos, e uma menina, de seis anos.
São todos da mesma família. Foram assistidos no local pelo Instituto Nacional de Emergência Médica e, a seguir, transportados para o hospital”, afirmou a fonte da Guarda.
A intoxicação a partir da salamandra terá sido provocada, segundo a mesma fonte, “porque um dos elementos da família, sem querer, terá fechado uma válvula e houve inalação de monóxido de carbono”.
No local, o socorro às vítimas mobilizou 10 operacionais dos bombeiros de Pinhal Novo e Palmela, apoiados por cinco ambulâncias, referiu o CDOS.

Os cuidados a ter 
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) recomenda à população para se proteger da vaga de frio - sobretudo pessoas com problemas de saúde -  vestindo várias camadas de roupa e optar por refeições mais frequentes e quentes. Devem ser ainda evitados esforços físicos intensos ao ar livre. Já as casas devem manter-se a temperaturas entre os 18 e os 21 graus, com atenção à ventilação no caso do uso de lareiras, braseiras, salamandras ou equipamentos de aquecimento a gás.
Para salvaguardar o bem-estar dos portugueses mais friorentos, a Direcção Geral de Saúde (DGS) emitiu um comunicado no qual frisa uma série de cuidados obrigatórios para todos aqueles que se aquecem junto de salamandras, por exemplo. Sendo assim, este órgão avisou que todos os equipamentos devem ser sempre verificados, antes da sua utilização. De resto, para a DGS, é igualmente fundamental que se constate se os aquecimentos se encontram devidamente desligados, quando se sai de casa ou se vai dormir. Caso contrário, há o risco de intoxicações ou de incêndios.
Ainda de acordo com a Direcção Geral de Saúde, os utilizadores de lareiras, salamandras, braseiras ou equipamentos a gás têm de ter alguns cuidados especiais, destacando-se a necessidade de fazer a correcta ventilação de todas as divisões da casa para que não haja a acumulação de gases nocivos à saúde.

Sabia que é altamente proibido apagar o fogo com água?

Realmente, os cuidados de instalação e de manutenção de aquecimentos – tais como as salamandras – são bastantes complexos. Por exemplo, deve-se ter atenção ao tipo de condutas que se utiliza, uma vez que aquelas condutas estreitas acabam por estrangular a saída de fumos e estes são reenviados para a sala.
Logo, as salamandras a carvão ou a lenha exigem uma conduta de fumos vertical, com uma saída acima do telhado e possuindo uma secção suficiente para que se realize uma boa exaustão. Por outro lado, as salamandras a pellets incluem uma conduta de fumos horizontal, através da parede.
Além disso, deve-se lembrar que se a chaminé estiver próxima de um elemento mais alto (uma árvore, uma casa…), também é possível que aconteça a reentrada do fumo.
É igualmente essencial que se realize uma limpeza assídua nos equipamentos. Para isso, o melhor é contar com alguns acessórios, com especial destaque para um tronco de limpeza anual e para um escovilhão de limpeza com cabos.
Atenção: é altamente proibido apagar o fogo com água, o que poderá originar fissuras nos aquecimentos de ferro fundido. Caso os aparelhos sejam de chapa de aço, a utilização da água cria pontos de ferrugem e, por consequência, um envelhecimento precoce dos materiais.

Agência de Notícias com Lusa

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