CGTP responsabiliza Petrogal pela precariedade em Sines

Refinaria de Sines é “antro de precariedade”

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, afirmou que a refinaria da Petrogal, em Sines, "não pode continuar a ser um antro de precariedade", durante uma concentração de trabalhadores daquela unidade industrial, em Lisboa.  A refinaria da Petrogal em Sines, através da subcontratação de outras empresas, tem muitos trabalhadores que ocupam postos de trabalho que deveriam corresponder a trabalho efetivo mas que estão em situação de precariedade", disse Arménio Carlos. O sindicato convocou uma greve na refinaria contra os baixos salários e a situação de precariedade de muitos trabalhadores. 

CGTP quer acabar com precariedade na Refinaria de Sines 

O dirigente da CGTP, que falava à agência Lusa depois de participar no protesto dos trabalhadores junto à sede do consórcio EFATM, que assegura a manutenção da refinaria de Sines, salientou o contraste entre os "lucros avultados da Petrogal" e a "situação de precariedade em que se encontram muitos trabalhadores da refinaria, devido à subcontratação de outras empresas".
Os baixos salários e a situação de precariedade de muitos trabalhadores estão na origem da greve convocada para hoje na refinaria de Sines pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SiteSul) e da concentração que juntou cerca de 80 trabalhadores.
O sindicalista Hélder Guerreiro, do SiteSul, também em declarações à Lusa, congratulou-se com a disponibilidade manifestada  pela EFATM para dialogar, mas advertiu que o processo negocial terá de abranger os cerca de 200 trabalhadores da manutenção e não apenas os 35 trabalhadores diretos daquele consórcio.
Representamos todos os trabalhadores e, por isso, não podemos aceitar que as negociações sejam apenas para melhorar as condições de trabalho de 35 trabalhadores num universo de cerca de 200", disse.
Em Novembro do ano passado, os trabalhadores da refinaria da Petrogal, em Sines, aprovaram um caderno reivindicativo com uma proposta de aumentos salariais de quatro por cento, com um mínimo de 50 euros para cada funcionário, com efeitos a partir de 1 de Janeiro deste ano.

Agência de Notícias com Lusa

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