Aeroporto pode ocupar parte da Base Aérea do Montijo

Decisão sobre novo aeroporto complementar conhecida nas próximas semanas

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, afirmou que nas próximas semanas vão surgir novidades sobre o novo aeroporto complementar ao de Lisboa, referindo que a base aérea no Montijo foi estudada de forma particular. “Ao longo do último ano tenho dito que estivemos a analisar as várias condições e pistas complementares que existem na região de Lisboa, mas, particularmente, esteve a ser a analisada a possibilidade da utilização da pista complementar aqui no Montijo", disse o ministro durante uma visita à cidade. A Câmara do Montijo já se disse disponível para partilhar parte dos custos do projeto. 
Base Área do Montijo pode receber aeroporto 


Pedro Marques garantiu que os trabalhos técnicos estão avançados e que em breve vai ser anunciada a decisão do Governo.
“A minha expectativa, uma vez que temos os trabalhos técnicos muito avançados, é que nas próximas semanas possamos dizer ao país de forma clara quais vão ser os próximos passos e opções. Temos o trabalho adiantado, temos as condições que não tínhamos há um ano para tomar decisões”, defendeu.
O ministro salientou que a Base Aérea Nº6, no Montijo, foi estudada de forma particular para acolher um aeroporto complementar ao Humberto Delgado, que deverá receber os voos low cost.
“Fomos estudando de forma mais intensa a situação desta pista da Base Aérea Nº6 do Montijo e da sua utilização como pista complementar ao aeroporto de Lisboa e nas próximas semanas teremos novidades”, salientou o governante.

Câmara quer aeroporto 
O presidente da Câmara do Montijo, Nuno Canta, afirmou que o concelho está disponível para receber a infraestrutura.
“A decisão tem que ser consistente e capaz de alavancar o país. Estamos dispostos a assumir estes encargos com a nova infraestrutura aeroportuária, quer seja com a antiga solução no Campo de Tiro de Alcochete ou na Base Aérea Nº6. O Montijo está disponível para receber esta infraestrutura”, afirmou.
Nuno Canta referiu que um aeroporto complementar no Montijo vai servir para equilibrar o desenvolvimento económico entre as duas margens do Tejo, bem como para o aumento da capacidade de resposta do aeroporto de Lisboa.
“Sabemos que vai trazer alguns problemas, como a nível ambiental ou de trânsito, mas o Montijo está disponível para esse desafio”, concluiu o autarca. 

Base Área disponível para receber aeroporto
ANA, governo e Força Aérea estão a trabalhar em conjunto numa solução que não interfira com os corredores de aproximação a Lisboa e permita uma alternativa para voos charter e de baixo custo. A base aérea numero seis tem sido apresentada como a alternativa mais viável.
O Contrato de Concessão da ANA implica a construção de um novo aeroporto em Lisboa logo que o movimento anual de passageiros na Portela atinga os 22 milhões.
Há, no entanto, uma obrigação do concessionário: apresentar alternativas "mais eficientes e menos dispendiosas" para o Estado, do que a construção de raiz de uma nova infraestrutura. A base militar do Montijo sempre foi uma das alternativas consideradas.
As duas pistas da BA6 são a base para a esquadra de transporte pesado da Força Aérea, mas também as suas esquadras de Vigilância marítima e Busca e Salvamento. Uma missão fundamental que não pode ser colocada em causa.
A Força Aérea está a colaborar ativamente nos estudos. A coabitação com uma utilização civil da base foi considerada tecnicamente viável.

Agência de Notícias 

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