Santiago do Cacém quer mais investimento em Miróbriga

“Potenciar mais ainda o local do ponto de vista turístico”

Álvaro Beijinha, presidente da Câmara de Santiago do Cacém, defende “um maior investimento público, por parte do Estado, no Sítio Arqueológico de Miróbriga”, tendo transmitido essa vontade ao Ministro da Cultura, Luís Castro Mendes, aquando da sua visita ao ex-libris patrimonial do município, acompanhado pelo Secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado. O ministro da Cultura defendeu a necessidade de fazer da riqueza patrimonial do Alentejo "um património vivo", considerando que, apesar da "grande força dos agentes no terreno", há "muito trabalho a fazer" na preservação e na divulgação.
Miróbriga  é património  de interesse público desde 1940 

Os governantes estiveram no Sítio Arqueológico de Miróbriga por ocasião de uma visita a vários municípios do Alentejo. Álvaro Beijinha sublinhou a ideia de “potenciar mais ainda o local, não só do ponto de vista técnico, mas sobretudo turístico”, atendendo ao interesse do espaço e aos “cerca de oito a nove mil visitantes por ano” registados pela Direção Regional de Cultura do Alentejo, entidade gestora do Sítio.
O presidente da Câmara de Santiago do Cacém defendeu ainda a necessidade dotar o espaço de “mais recursos, quer técnicos, quer humanos”, destacando também “a inclusão do Sítio em mais roteiros, para que seja cada vez mais potenciado”, referindo-se a Miróbriga como um local “notável e único”.
Álvaro Beijinha relembra que “a Câmara de Santiago do Cacém tem projetos para dinamizar Miróbriga a outro nível, como o velho projeto para reconstruir as bancadas do hipódromo, associado às tecnologias e ao multimédia". 
São investimentos, diz a autarquia, "muito significativos, que devem ser da responsabilidade de quem gere o espaço, a Direção Regional de Cultura do Alentejo, que também vive com muito poucos recursos. Aquilo que tem sido a posição da Câmara Municipal – e que temos transmitido – é que nós, seguramente, seremos parte da solução e estaremos disponíveis para comparticipar naquilo que, porventura, vier a ser investido no local”.

Há "muito trabalho a fazer" na preservação e do património no Alentejo
"[Há] uma grande riqueza patrimonial [no Alentejo], muito trabalho a fazer na preservação, na divulgação e na melhor utilização desse património, fazer dele um património vivo", disse o Ministro da Cultura, em Santiago do Cacém, durante uma visita ao sítio arqueológico de Miróbriga, classificado desde 1940 como Imóvel de Interesse Público.
O governante - que reconheceu haver na área do património "muito trabalho" feito pelas autarquias, pela sociedade civil e pela Direção Regional de Cultura, com "uma grande atividade" e "grande força dos agentes no terreno" -- defendeu, no entanto, a necessidade de o tornar num "património vivo".
"Este monumento já tem um centro interpretativo de muito boa qualidade e o que nos interessava agora era pô-lo mais nos roteiros, quer educativos, quer turísticos, quer em geral dos visitantes portugueses, a dizer que vale muito a pena conhecer este sítio arqueológico do Portugal romano", disse durante a visita guiada às ruínas romanas de Miróbriga.
A comitiva do ministro, integrada também pelo secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado, esteve de visita ao Alentejo durante dois dias, no âmbito da iniciativa Mais Cultura, promovida pela tutela, que vai percorrer as várias regiões do país.
Além de uma maior proximidade entre o Ministério da Cultura e as entidades locais e regionais, a iniciativa permite, segundo o ministro, "repertoriar, detetar e examinar tudo aquilo que falta fazer".
A iniciativa Mais Cultura, que a tutela estreou no Alentejo visa fomentar "um trabalho em rede entre a Administração Central do Estado, as administrações regionais e as entidades e agentes culturais locais".

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