Sesimbra divulga a maçã camoesa este fim de semana

A "doce" história da Maçã Camoesa

A Maçã Camoesa ou Férrea da Azoia – Variedade Tradicional da Região de Sesimbra volta a estar no centro das atenções no primeiro fim de semana de Outubro. A terceira edição da mostra dedicada a esta espécie decorre como é habitual, na Moagem de Sampaio, símbolo da ruralidade do concelho. Atualmente existem no concelho oito produtores de Maçã Camoesa, e cerca de 1400 árvores desta variedade de maçã A produção anual ronda as 12 toneladas. Para divulgar esta variedade de Sesimbra junto ao público em geral e despertar o interesse de novos agricultores, contribuindo assim para aumentar a sua produção de modo tradicional, a Câmara Municipal, em parceria com a Junta de Freguesia do Castelo convidam-no a vir este sábado e domingo, provar (e descobrir a história) desta "doce" maçã que amadurece nas proximidades do Cabo Espichel.
Maçã Camoesa é original do concelho de Sesimbra 

Para além do fruto, o público pode adquirir também doçaria à base da maçã, pão, Queijo da Azoia, produtos confecionados com figo da índia, produtos hortícolas, chás, compotas e artesanato. A par da venda de produtos locais, a iniciativa propõe ainda uma palestra, intitulada Maçã Camoesa Desidratada: Os Benefícios de um Produto Natural, apresentada por Catarina Sotero, do projeto Amor à Terra.
Produzida na região da Azoia, próximo do Cabo Espichel, na freguesia do Castelo, a Maçã Camoesa distingue-se pela mancha avermelhada na face de maior incidência do sol, sobre um fundo amarelo, e pela polpa ácida, de cor branca e consistência firme. Embora seja colhida em Setembro, é comum ficar a amadurecer durante algumas semanas, para ser consumida durante o inverno. Carateriza-se pela consistência da polpa, por ser rica em ferro, e pela acidez, que diminui o seu grau de maturação
Para além desta particularidade, tem níveis de antioxidantes e polifenóis muito superiores aos das restantes, segundo um estudo realizado pelo professor Agostinho Carvalho, da Universidade Egas Moniz, do Monte da Caparica.
É por isso é recomendada a doentes anémicos e diabéticos. Para divulgar esta variedade de Sesimbra junto do público em geral e despertar o interesse de novos agricultores, contribuindo assim para aumentar a sua produção de modo tradicional, a Câmara Municipal, em parceria com a Junta de Freguesia do Castelo e Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo, realiza desde 2013, no primeiro fim de semana de outubro, uma mostra dedicada à Maçã Camoesa.
O certame tem atraído centenas de visitantes, revelando-se um enorme sucesso. "O público demonstra cada vez mais interesse por este tipo de produto e, sobretudo pelo contacto direto com os produtores, que desta forma conseguem manter a sua atividade e, consequentemente, preservar tradições ancestrais, que são um património imaterial de valor incalculável", diz a autarquia de Sesimbra ao ADN.
Em 2012, a Câmara  de Sesimbra passou a deter o direito exclusivo da marca Maçã Camoesa ou Férrea Azoia – Variedade Tradicional da Região de Sesimbra, no âmbito de uma candidatura apresentada pela autarquia ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
Atualmente existem no concelho oito produtores de Maçã Camoesa, e cerca de 1400 árvores desta variedade de maçã. A produção anual ronda as 12 toneladas.



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