Ameaça no coração da Arrábida: javalis voltam a invadir zonas urbanas
Os deputados do Partido Socialista eleitos por Setúbal lançaram um alerta ao Governo: o número de javalis no Parque Natural da Arrábida está fora de controlo. Depois de avistamentos frequentes em zonas urbanas, como a avenida Luísa Todi, em Setúbal, os parlamentares exigem medidas rápidas e eficazes para conter os riscos à segurança pública e aos ecossistemas locais.![]() |
Javalis avistados novamente em plena avenida Luísa Todi |
A presença de javalis em espaços urbanos de Setúbal está longe de ser um caso isolado. Na última semana, foram vistos a circular livremente pela movimentada avenida Luísa Todi, gerando preocupação entre residentes e visitantes. Em Azeitão, episódios semelhantes têm sido relatados com regularidade.
A deputada Eurídice Pereira, uma das promotoras do requerimento enviado ao Ministério do Ambiente e Energia, sublinha que este é um problema “de expressão cíclica” que exige uma resposta firme. “Não é aceitável que javalis deambulem em plena cidade, colocando em risco a segurança de pessoas e bens”, frisou a parlamentar socialista.
Relatos de ataques e prejuízos desde 2016
De acordo com o documento entregue pelos deputados, há registos recentes de estragos provocados por javalis e até de ataques a pessoas. Concessionários das praias do Creiro e do Portinho da Arrábida, agricultores e moradores têm apresentado queixas devido à invasão dos animais.
Desde 2016 que o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) alerta para uma densidade populacional de javalis superior à capacidade de suporte do Parque Natural da Arrábida. A situação, afirmam os deputados, agravou-se nos últimos anos.
De acordo com o documento entregue pelos deputados, há registos recentes de estragos provocados por javalis e até de ataques a pessoas. Concessionários das praias do Creiro e do Portinho da Arrábida, agricultores e moradores têm apresentado queixas devido à invasão dos animais.
Desde 2016 que o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) alerta para uma densidade populacional de javalis superior à capacidade de suporte do Parque Natural da Arrábida. A situação, afirmam os deputados, agravou-se nos últimos anos.
Plano estratégico existe, mas medidas concretas são urgentes
Em Maio de 2023, o Governo apresentou o Plano Estratégico e de Ação do Javali em Portugal. O documento estabeleceu três eixos principais: estimar a dimensão da população de javalis, monitorizar a saúde dos animais e avaliar o impacto da espécie nos habitats naturais.
Contudo, os socialistas questionam o verdadeiro impacto do plano. No requerimento agora enviado ao Governo, exigem saber que medidas foram implementadas desde a apresentação do plano, se existem dados atualizados sobre a população de javalis no Parque Natural da Arrábida e que ações têm sido coordenadas entre o ICNF, o Ministério da Agricultura, o Ministério da Administração Interna e o município de Setúbal.
Em Maio de 2023, o Governo apresentou o Plano Estratégico e de Ação do Javali em Portugal. O documento estabeleceu três eixos principais: estimar a dimensão da população de javalis, monitorizar a saúde dos animais e avaliar o impacto da espécie nos habitats naturais.
Contudo, os socialistas questionam o verdadeiro impacto do plano. No requerimento agora enviado ao Governo, exigem saber que medidas foram implementadas desde a apresentação do plano, se existem dados atualizados sobre a população de javalis no Parque Natural da Arrábida e que ações têm sido coordenadas entre o ICNF, o Ministério da Agricultura, o Ministério da Administração Interna e o município de Setúbal.
Deputados pedem ações integradas e imediatas
Os deputados querem ainda conhecer que queixas chegaram em 2024 aos serviços do Ministério do Ambiente e qual a resposta institucional a estas denúncias. Para Eurídice Pereira, está em causa mais do que a tranquilidade da população: “É uma questão de segurança, de saúde pública e de preservação ambiental”.
A correção da densidade populacional dos javalis, concluem, não pode continuar a ser adiada.
Os deputados querem ainda conhecer que queixas chegaram em 2024 aos serviços do Ministério do Ambiente e qual a resposta institucional a estas denúncias. Para Eurídice Pereira, está em causa mais do que a tranquilidade da população: “É uma questão de segurança, de saúde pública e de preservação ambiental”.
A correção da densidade populacional dos javalis, concluem, não pode continuar a ser adiada.
Agência de Notícias
Fotografia: DR
Antes de recorrer a medidas cruéis de controlo populacional, precisamos de parar de simplificar a presença dos javalis na cidade. Eles não estão a invadir — estão a ser empurrados para cá, devido à perda de habitat, desflorestação e fácil acesso a restos de comida.
ResponderEliminarEm vez de matar, porque não investir numa melhor gestão de resíduos, restaurar habitats naturais e envolver ecologistas e comunidades na procura de soluções reais? Educação e planeamento fazem toda a diferença. Partilhamos esta terra — atuemos com inteligência e compaixão, não com medo.