Investigadoras de Setúbal criam programa de linguagem

Teste de cinco minutos avalia competência de linguagem das crianças
Um novo teste desenvolvido pela Universidade de Aveiro e pelo Instituto Politécnico de Setúbal permite avaliar, em cinco minutos, se as crianças desenvolveram a linguagem adequada à sua idade, anunciou fonte académica. O instrumento chama-se Rastreio de Linguagem e Fala (RaLF) e é o único preparado para crianças que tenham o português europeu como língua materna, sendo aplicado a crianças em idade pré-escolar. “A atuação ao nível da prevenção permite uma identificação das perturbações em fase inicial, evitando o insucesso escolar, na medida em que uma grande percentagem de crianças com perturbação na aprendizagem da leitura apresentou previamente uma perturbação da linguagem oral”, diz Ana Mendes, investigadora e docente do Instituto Politécnico de Setúbal.
Investigadoras garantem avaliação da fala  crianças em cinco minutos 

Desenvolvido por investigadoras da Universidade de Aveiro  e do Instituto Politécnico de Setúbal, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, o teste destina-se a auxiliar os profissionais de saúde e de educação a identificar perturbações em fase inicial, evitando o insucesso escolar.
“A grande mais-valia deste instrumento é permitir a realização de um rastreio de linguagem e fala de forma rápida, [aproximadamente cinco minutos] que ajude pediatras, enfermeiros ou educadores de infância, a perceber se a criança já adquiriu as competências de linguagem e fala fundamentais para a sua idade”, explica Marisa Lousada, uma das terapeutas da fala e investigadora que desenvolveu o RaLF.
Marisa Lousada, que dirige o Curso da Licenciatura em Terapia da Fala da Universidade de Aveiro explica que o RaLF tem exemplos concretos que ajudam a clarificar os diferentes itens em análise, permitindo aos profissionais que trabalham com crianças em idade pré-escolar encaminhar as crianças que deverão realizar uma avaliação por parte de um terapeuta da fala.
“A atuação ao nível da prevenção permite uma identificação das perturbações em fase inicial, evitando o insucesso escolar, na medida em que uma grande percentagem de crianças com perturbação na aprendizagem da leitura apresentou previamente uma perturbação da linguagem oral”, reporta, por sua vez, Ana Mendes, investigadora e docente do Instituto Politécnico de Setúbal.
O RaLF contempla três faixas etárias – até aos 4 anos, até aos 5 anos e até aos 6 anos – que contêm indicadores, ou seja, capacidades de fala, linguagem ou metalinguagem que descrevem marcos típicos do desenvolvimento linguístico em cada idade.
O RaLF, que a empresa Edubox da Incubadora de Empresas da Universidade de Aveiro se prepara para comercializar, é construído com base em dados linguísticos normativos e foi analisada a sua validade e fiabilidade.

Agência de Notícias

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