Grândola cria Observatório da Canção de Protesto

Estudo, investigação, recolha e compilação de informação da música de intervenção e de protesto

O Observatório da Canção de Protesto, dedicado à investigação e divulgação deste género musical, foi criado em Grândola, distrito de Setúbal, para manter vivo o legado de José Afonso e de todos os músicos de intervenção. O projeto resulta de uma parceria entre a Câmara de Grândola, a Associação José Afonso, os institutos de História Contemporânea e de Etnomusicologia, ambos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, e a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, que esta semana formalizaram o acordo de constituição."O Observatório da Canção de Protesto valoriza a herança cultural de todos os que, através da música, se empenharam e empenham na defesa dos valores da liberdade, da fraternidade e da igualdade", dizem os responsáveis da ideia.  De acordo com a Câmara de Grândola, vai ser dada prioridade à "sistematização e divulgação dos núcleos patrimoniais existentes", estando prevista a realização de iniciativas como encontros, colóquios, congressos, publicações, exposições e espetáculos.

Observatório da Canção de Protesto já trabalha em Grândola 

O Município de Grândola, a Associação José Afonso, a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, através do Instituto de História Contemporânea e do Instituto de Etnomusicologia, e a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense assinaram a 2 de Março, o acordo de constituição do Observatório da Canção de Protesto.
Numa primeira fase, que poderá durar até dois anos, o trabalho do Observatório da Canção de Protesto vai centrar-se no estudo, na investigação, na recolha e na compilação de informação acerca da música de intervenção e de protesto, com especial destaque para a forma musical canção.
A iniciativa, projetada pela autarquia de Grândola e pela Associação José Afonso, avança agora com os dois novos parceiros. O Observatório da Canção de Protesto, com sede em Grândola, "valoriza a herança cultural de todos os que, através da música, se empenharam e empenham na defesa dos valores da liberdade, da fraternidade e da igualdade", diz a autarquia em comunicado.
O Observatório da Canção de Protesto terá sede em Grândola, no litoral alentejano, e irá dedicar-se "à observação, sistematização e divulgação da informação associada à música de intervenção e protesto", bem como ao seu estudo, "com especial destaque para a forma musical canção", refere o município alentejano. 
O acordo  assinado na passada segunda-feira promove a "implementação de uma estratégia de partilha integrada de recursos materiais, documentais e de conhecimento, com o objectivo de desenvolver a salvaguarda do património da música e da canção de protesto produzido e divulgado ao longo dos sécs. XX e XXI". 
Prevê prioritariamente "a promoção da sistematização e divulgação dos núcleos patrimoniais existentes, bem como a sua revalorização documental e arquivística, em termos culturais e musicais, incluindo a realização de iniciativas diversas", tais como "encontros, colóquios, congressos, publicações, exposições e espetáculos", explica a autarquia de Grândola.
A autarquia alentejana destaca ainda a canção "Grândola, Vila Morena", de José Afonso, como "uma referência mundial no conjunto das canções de protesto, a que o Observatório da Canção de Protesto presta tributo, enaltecendo os valores da resistência à ditadura e os combates pela liberdade e pela democracia".

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