PSD e CDU "chumbam" orçamento no Montijo

"Aliança esquerda-direita" trava orçamento socialista na Câmara do Montijo 

O Orçamento da Câmara do Montijo foi "chumbado" pelo comunistas e social-democratas. O Orçamento do executivo PS [que governa em minoria a autarquia] tinha o valor global de 25,5 milhões de euros não passou "no crivo da oposição". Nuno Canta, presidente do executivo classifica a atitude política da CDU e do Partido Social-Democrata (PSD) de “irresponsável, incompreensível e injustificável”. O autarca entende que a oposição revelou “incoerência” e “irracionalidade”, após várias reuniões privadas entre o executivo e a oposição. A CDU acusa a gestão socialista de “impreparação, amadorismo e desnorte”. Enquanto o PSD considera que o documento do orçamento “não apresenta qualquer estratégia de desenvolvimento, promovendo sim a estagnação do concelho”. 
Oposição chumba orçamento municipal do Montijo 

Nuno Canta considera que o chumbo do Orçamento Municipal foi uma “má decisão da maioria negativa, da CDU e do PSD, que se juntaram para tomar uma decisão contra o Montijo, contra os munícipes e contra um orçamento que ia a favor das pessoas”. O presidente da Câmara na poupa os vereadores à esquerda e à direita do PS e  refere que a oposição com esta atitude “não está a contribuir para o progresso do Montijo”. Até porque, de acordo com o executivo, o "chumbo" do orçamento pode implicar a “não execução de algumas obras que estavam previstas no documento previsional para 2015”. O autarca lembra ainda  que com o chumbo do orçamento para 2015 o que está previsto na lei é que o “orçamento de 2014 seja transposto para 2015, sendo com base neste orçamento que a autarquia vai ter que se gerir no próximo ano”.
O PSD chumbou a proposta por considerar que o documento previsional “não apresenta qualquer estratégia de desenvolvimento, promovendo sim a estagnação do concelho”. Para os social-democratas, após um ano de mandato, “a câmara municipal está praticamente sem actividade e nem executa minimamente as tarefas básicas, como a manutenção das estradas, dos jardins e espaços verdes ou a limpeza nas ruas e contentores do lixo”.
O PSD considera ainda que a autarquia “não apresenta qualquer política de apoio social, não promove a dinamização económica do concelho e não há qualquer política para a criação de emprego nem para instalar novas actividades económicas no concelho". 
Os social-democratas recordam que “as propostas para o orçamento apresentadas pelo PSD foram praticamente ignoradas”.
Pelo lado da esquerda, a CDU que ia abster-se, mudou o sentido de voto em cima da hora e, desta maneira, "inviabilizou" a aprovação do orçamento, alegando, entre outros argumentos, “impreparação, amadorismo e desnorte” da gestão socialista “nas relações com as freguesias do concelho”. 
Os comunistas acusam ainda o PS de “falência política e operativa em vários domínios". A CDU alega que a autarquia entrou em “exercício de mera gestão corrente, preparando o acto eleitoral de 2017”, acrescentando que o Montijo precisa de “outras políticas e de outros números, opções ou construções aritméticas”. 
Os vereadores da CDU dizem ainda que vão fazer uma oposição "actuante, firme, dialogante e responsável”, mas promete  “rejeitar a tradução contabilística da governação em fim de ciclo da gestão do PS”.

Sarilhos Grandes quer mais pessoal e mais dinheiro 
A reunião do executivo municipal contou também com a presença do presidente da Junta de Freguesia de Sarilhos Grandes que acusou a Câmara Municipal do Montijo de “não ter colocado mais funcionários” ao serviço da junta e de “ter ficado com cerca de 200 mil euros que pertenciam e pertencem a esta instituição”. 
O presidente da Junta de Freguesia de Sarilhos Grandes pretende que o executivo municipal disponibilize “mais verbas e meios humanos para a junta, uma vez que não é feita limpeza na freguesia e as escolas, assim como outros equipamentos estão em fase de degradação por “falta de execução de trabalhos da câmara”
Nuno Canta  respondeu lembrando que a Junta de Freguesia de Sarilhos Grandes “já recebeu o dinheiro todo para este ano”, acrescentando que a câmara “aceitou pagar antecipadamente a verba de 41 mil euros, tendo ficado a colocação de funcionários para 2015”.

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