Casal encontrado morto a tiro na Amora, Seixal

PJ acredita que se trata de um caso de homicídio seguido de suicídio

Um homem e uma mulher, com idades entre os 40 e os 50 anos, foram encontrados mortos a tiro em Belverde, no Seixal. "Uma mulher foi encontrada morta, devido a disparos com arma de fogo, numa zona de mato na rua dos Eucaliptos, em Belverde, no Seixal. Mais tarde foi encontrado o corpo de um homem, a cerca de 50 metros da primeira vítima, também morto devido a uma arma de fogo", disse fonte da PSP, acrescentando que os corpos foram descobertos na quarta-feira. A PJ acredita que se trata de um caso de homicídio seguido de suicídio. Arma foi encontrada no local. Militar passou à reserva no início do ano e era "exemplar", diz a Marinha.


Os dois corpos foram encontrados pela PSD na zona de Belverde

Um homem e uma mulher foram encontrados mortos a tiro na madrugada de quarta-feira, na rua dos Eucaliptos, em Belverde, na Amora, Seixal. A mulher, com cerca de 40 anos, foi a primeira vítima encontrada pela PSP, que foi chamada ao local por um transeunte, cerca das cinco da manhã. Terá sido baleada na nuca, adiantou fonte da PSP. 
Já com os inspectores da Polícia Judiciária de Setúbal no terreno, e com a ajuda de elementos do corpo cinotécnico da PSP, foi depois localizado, a cerca de 50 metros, o corpo do marido, capitão de fragata fuzileiro, com 48 anos. Tinha ferimentos de bala na cabeça.
Junto ao corpo do homem foi descoberta uma arma de calibre 7,65 milímetros, a mesma que foi, segundo fonte da PJ, usada nos disparos. Aquele calibre, de classe B, é atribuído apenas a funcionários do Estado para protecção pessoal e com dispensa de licença de uso e porte de arma.
O jornal Público escreve, baseado numa fonte da PJ, que em causa estará um caso de homicídio seguido de suicídio. As razões que terão motivado o crime estão ainda por apurar. Certo é que que não existiam quaisquer referências a situações de conflito entre o casal, garantiu a PJ. O casal deixa dois filhos, uma criança e um adolescente.
A Marinha, através do seu porta-voz, Comandante Paulo Rodrigues Vicente, salientou também que “a folha do militar está limpa” e que o capitão de fragata era um “fuzileiro exemplar com vários condecorações e louvores”. De acordo com o mesmo responsável, a arma encontrada não é da Marinha, uma vez que esta “não atribui armas de uso pessoal aos seus militares”.
O homem passou à reserva, a pedido do próprio, em Janeiro deste ano. Esteve na Marinha durante 27 anos e a sua última colocação foi na Escola Naval, na base do Alfeite. Passou também pelo Estado-Maior General das Forças Armadas. “O escrutínio para ser seleccionado para formador na escola é ainda maior. Era mesmo exemplar. Na sua ficha clínica também não temos também nada que evidencie qualquer perturbação”, sublinhou ainda o porta-voz da Marinha.
A operação da polícia no local decorreu até às 13 horas de quarta-feira. Os dois corpos foram depois recolhidos pelos Bombeiros da Amora e transportados para a morgue do Hospital Garcia de Orta, em Almada.

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