Autoeuropa cria 500 empregos directos em Palmela

"Na Autoeuropa, aplica-se o que de melhor tem o modelo social europeu"

O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, e o presidente do conselho de gerência da Volkswagen Autoeuropa, António Melo Pires, assinaram um contrato de investimento entre o Estado português e a empresa. Paulo Portas elogiou já o momento em que este protocolo foi assinado, ou seja, quando Portugal está na transição para o crescimento da economia e para a criação de emprego. A empresa de Palmela irá criar mais 1500 postos de trabalho. 

Paulo Portas, em último plano, assiste à assinatura do contrato 
A Volkswagen Autoeuropa e o Estado formalizaram nesta quarta-feira, 30 de Abril, um investimento de aproximadamente 677 milhões de euros ao longo de cinco anos, que servirá para adaptar a fábrica de Palmela à produção de novos modelos de automóveis do grupo alemão.
O investimento da empresa, que já tinha sido anunciado oficialmente no final de Março, permitirá a criação de 500 empregos directos e, tendo em conta o rácio dos anos anteriores, poderá significar cerca de 1500 novos postos de trabalho na rede de fornecedores da fábrica.
“É certamente o maior investimento em Portugal nos últimos anos”, notou o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, na cerimónia de assinatura, em que participou ainda o ministro da Economia, António Pires de Lima. Portas elogiou a capacidade exportadora da Autoeuropa – que contribui para cerca de três por cento das vendas nacionais para o estrangeiro – e a estratégia laboral da empresa, afirmando que, na Autoeuropa se aplica "o que de melhor tem o modelo social europeu” e há uma “negociação social permanente”.
O contrato foi assinado entre o director-geral da Autoeuropa, António Melo Pires, e o novo presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), o deputado social-democrata Miguel Frasquilho, que afirmou que o investimento deverá permitir duplicar o volume de exportações. Aos jornalistas, Frasquilho recusou-se a especificar as contrapartidas dadas pelo Estado para captar o investimento alemão. Paulo Portas, por seu lado, disse tratar-se da “conclusão de um trabalho intenso entre as duas partes”.
A Autoeuropa está em Portugal desde 1995, começando por ser uma parceria entre a Volkswagen e a Ford. Hoje, é detida inteiramente pelo grupo alemão. Desde a criação, e excluindo o novo investimento, já investiu cerca de 3500 milhões em Portugal.
Paulo Portas afirmou que o documento "vai contribuir para aumentar as exportações, com impacto no crescimento do Produto Interno Bruto". O ministro - e principal rosto do CDS-PP - destacou a viragem de ciclo, com três trimestres consecutivos de crescimento.

Trabalhadores da Autoeuropa admitem menor produção
Apesar de tudo isto, a Comissão de Trabalhadores admite que tem havido "um decréscimo de produção", justificado com os mercados internacionais.
"O balanço da actividade do primeiro semestre na VW Autoeuropa é, até ao momento, positivo. A maior fábrica de automóveis portuguesa aumentou a produção em Fevereiro de 475 veículos por dia para 505 unidades, mas as previsões para o segundo semestre é de que a fábrica reduza o volume se o número de encomendas não aumentar. A confirmar-se as previsões, no segundo semestre de 2014, a produção deverá descer para os 460 carros por dia, refere o comunicado da Comissão de Trabalhadores da VW Autoeuropa, em Palmela. 

Distrital de Setúbal do PSD aponta Autoeuropa como exemplo de competitividade

Investimento cria 500 postos de trabalho directos 
No dia em que se assinalou a formalização do maior contrato de investimento dos últimos 5 anos em Portugal, 678 milhões de euros até 2019, a distrital de Setúbal do PSD sublinha que a Autoeuropa é, “sem sombra de dúvida”, um exemplo de investimento direto estrangeiro de grande sucesso no país.
A distrital de Setúbal do PSD aponta a Autoeuropa como um caso paradigmático de competitividade e inovação, que à semelhança de outras empresas tem apostado fortemente em Portugal.
No dia em que se assinalou a formalização do maior contrato de investimento dos últimos 5 anos em Portugal, 677 milhões de euros até 2019, a distrital de Setúbal do PSD sublinha que a Autoeuropa é, “sem sombra de dúvida”, um exemplo de investimento direto estrangeiro de grande sucesso no país.
O deputado e vice-presidente da distrital social-democrata, Paulo Ribeiro, lembra que passados 23 anos e 3.5 mil milhões euros de investimento depois, a Autoeuropa , teve um papel essencial na criação do cluster automóvel nacional e na respetiva rede de Pequenas e Médias Empresas fornecedoras de componentes automóvel.
“Foram estas empresas, em que cerca de metade delas são portuguesas, que investiram no distrito, no concelho de Palmela, criando emprego, gerando riqueza e aumentando o consumo”, acrescenta.
Paulo Ribeiro defende que este é um “efeito multiplicador muito positivo que esta unidade produtiva tem na região de Palmela, no distrito e a nível nacional”.
“A Autoeuropa é um exemplo de que Portugal tem todas as condições para atrair grandes investimentos estrangeiros, sendo necessário para isso continuar a melhorar as condições de competitividade que permitam que investimento e exportações possam ser cada vez mais fortes”, realça o deputado do PSD na Assembleia da República
O dirigente social-democrata - que ainda é vereador da coligação que une o PSD ao CDS-PP na Câmara de Palmela - salienta ainda “a confiança da Autoeuropa no rumo do país e o trabalho do Governo na criação de condições para o investimento e captação de investimento estrangeiro”.

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