Fileira do pinhão em seminário em Alcácer do Sal

"O pinhão é essencial para a estratégia para o desenvolvimento da região"  

A União da Floresta Mediterrânica  apresentou no dia 28 de Março, no Auditório Municipal de Alcácer do Sal, os resultados do“Programa de Valorização da Fileira da Pinha/ Pinhão”, que termina no final do mês de Abril. O programa, que teve o seu início em 2012, procurou encontrar algumas respostas e soluções para o desenvolvimento da produção e industrialização da Pinha e do Pinhão, envolvendo vários estudos científicos para melhorar a qualidade do produto.

Alcácer do Sal quer reforçar produção de pinha e pinhões 

Vários especialistas, produtores, industriais e investigadores de Portugal e de Espanha reuniram no seminário, que contou com a intervenção de Vítor Proença, presidente da Câmara de Alcácer, na sessão de abertura. O autarca sublinhando a importância “que a fileira da Pinha/ Pinhão representa para o desenvolvimento do concelho” e defendeu que, “em conjunto com o arroz, o vinho e o turismo, o pinhão é essencial para uma estratégia de desenvolvimento da região onde se encontra a maior mancha florestal de pinheiro manso e a maior produção de pinha”, disse Vítor Proença.
O presidente já tinha anunciado, a 21 de Março, que transmitiu ao Secretário de Estado das Florestas “o desejo de que seja criado em Alcácer o Centro de Competências do Pinheiro Manso, à semelhança do que existe em Coruche com o Sobreiro”. Ainda de acordo com Vítor Proença, “são necessárias iniciativas deste género e uma convergência de interesses relativamente à pinha e ao pinhão. “A Câmara de Alcácer do Sal está desde a primeira hora empenhada nessa convergência, assim como no apoio ao processo da DOP (Denominação de Origem Protegida) do Pinhão de Alcácer”, concluiu o autarca.

Pinhão e pinha de excelência em Alcácer 
Especialistas discutiram em Alcácer do Sal novas estratégias 
Sobre este assunto, Nuno Calado, da  União da Floresta Mediterrânica (UNAC), adiantou que “a componente técnica e o seu caderno de especificações está concluído. O processo vai agora ser enviado para a Direção Regional de Agricultura do Alentejo que, após análise, o vai remeter para Bruxelas, pelo que se prevê que a DOP do Pinhão de Alcácer demore entre um a dois anos a estar concluída”.
Pedro Silveira, diretor da (UNAC) abordou a importância do Programa de Valorização da Fileira da Pinha /Pinhão, que “resultou num passo em frente para o desenvolvimento e para a identificação dos problemas da fileira, que tem falhas muito grandes”. Ainda segundo Pedro Silveira, “se não forem os portugueses e os espanhóis a trabalhar esta fileira, mais ninguém o faz porque os alcacerenses têm responsabilidades acrescidas, já que são os únicos produtores”.
A UNAC pretende dar continuidade ao projeto e encontrar mais financiamentos que, segundo o vice- presidente da CCDR do Alentejo, Rui Mendes, vão estar acessíveis no próximo Quadro Comunitário de Apoio através de linhas de financiamento.
No seminário, outros temas em destaque foram: o Mercado Mundial do Pinhão, o Plano Estratégico do Setor da Pinha na Andaluzia, as Perspetivas Para o Desenvolvimento da Fileira e foi apresentado um Estudo Sobre a Cadeia de Valor da Fileira da Pinha e do Pinhão. Após a sessão de encerramento, foi dado a conhecer o livro “Receitas com Pinhão”, pelo Provedor da Confraria Gastronómica do Alentejo, seguida de uma sessão de degustação de produtos feitos com pinhão.
O projeto, promovido UNAC - União da Floresta Mediterrânica, éuma iniciativa QREN apoiada no âmbito do INALENTEJO, com um investimento de 113.660 euros e cofinanciamento FEDER de 79.562 euros.

Agência de Notícias


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