Garcia de Orta vai aumentar resposta nas urgências

Administradores dos hospitais de Almada, Setúbal e Barreiro reuniram com Governo

O presidente do conselho de administração do Hospital Garcia de Orta, em Almada, Daniel Ferro, anunciou que não é necessário um novo hospital no distrito de Setúbal e que serão feitas alterações nos serviços de urgência, consultas externas e cuidados continuados.

Hospital de Almada vai melhorar serviço de urgência 
As administrações dos hospitais de Almada, Setúbal e Barreiro reuniram-se na segunda-feira com o secretário de Estado da Saúde e com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo para falar das condições saúde da região.
Daniel Ferro revelou que os principais problemas do Hospital Garcia de Orta, em Almada, dizem respeito aos serviços de urgência, consultas externas e cuidados continuados.
"Ao nível das urgências esperamos, ainda este mês, ter um aumento da capacidade de atendimento. Fizemos o aumento da capacidade física da urgência e está confirmado que o ministério vai alocar recursos humanos para podemos aumentar a capacidade de atendimento e diminuir os tempos de espera, que é o que aflige mais a população", afirmou Daniel Ferro.
Quanto às consultas externas, o presidente afirma que será dada uma resposta mais "ampla e diferenciada" e que "o hospital vai aproximar-se da população e dos médicos de família. Estes gabinetes vão funcionar com médicos do hospital, queremos ter as especialidades presentes e apoiar os médicos de família".

Melhor cooperação entre os hospitais da Península de Setúbal
Hospitais da região de Setúbal querem melhorar articulação entre eles 
Relativamente aos cuidados continuados, Daniel Ferro fez questão de lembrar a abertura de uma nova unidade em Almada e a previsão da abertura de outra no concelho, que vão criar vagas em mais de 100 camas.
"Com estas três soluções não me parece justificar que seja necessário um novo hospital. Estas soluções evitam novos pesados investimentos e um novo hospital é um elevado investimento", disse o administrador.
Os utentes do concelho de Sesimbra passam a ser assistidos pelo hospital de Setúbal, o que será uma ajuda para o Garcia de Orta, para onde seguiam os doentes do concelho.
"Por falta de articulação entre os três hospitais, havia doentes de várias especialidades que eram transportados para os hospitais de Lisboa. Houve passos significativos para a população de Setúbal ter um atendimento mais generalizado e pode melhorar em 2014. Acreditamos que podemos minimizar as transferências para Lisboa", salientou Daniel Ferro.

Seixal luta por ter hospital
Apesar de tudo, e também no mesmo dia, a autarquia do Seixal [com o apoio das câmaras de Sesimbra e Almada] foi ao ministério da Saúde reclamar a urgência na construção de um novo hospital no Seixal.
O investimento previsto para a construção deste hospital, para o qual há terrenos públicos disponíveis no Fogueteiro, é de 60 milhões de euros, um investimento que o presidente da câmara do Seixal considera "adequado". Segundo Joaquim Santos, "o custo social, das pessoas e funcionários do Garcia de Orta [Almada], é muito superior a estes 60 milhões. Só a população do Seixal, em IRS, paga mais de 200 milhões por ano”.
"Tem que haver uma solução para o Garcia de Orta e, dos estudos que foram feitos pelo ministério da Saúde, a ampliação do Garcia de Orta seria, em termos de investimento, quase idêntica à construção de um hospital complementar no Seixal", afirmou o presidente da Câmara, Joaquim Santos que explica “esta urgência” na construção de um novo hospital com números: “ O Garcia de Orta tem capacidade para 150 mil utentes, mas serve 500 mil".

Agência de Notícias
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