Couceiro
volta ao Bonfim por “paixão” e “afetividade”
José Couceiro foi
apresentado esta tarde como novo treinador do Vitória de Setúbal. O técnico
reconhece a difícil situação do clube, diz que não há salvadores individuais e
apelou à união. O novo treinador explicou qual o fator
determinante para ter aceite o convite do Vitória: “A questão afetiva foi
determinante. Desde sempre que fui muito bem tratado aqui, Não foi difícil aceitar
o desafio do presidente”. Em relação ao grupo que tem à disposição, Couceiro
considera que dentro das limitações foi feito um bom trabalho na construção do
plantel mas diz que os jogadores podem render mais e quer uma equipa temível em
casa, onde o Vitória ainda não ganhou esta época.
José Couceiro apresentado hoje como novo treinador do Vitória |
Um dia depois de chegar a acordo com José
Mota para a rescisão do contrato que unia as partes, o Vitória de Setúbal
anunciou José Couceiro como novo treinador da equipa.
O técnico foi apresentado
no Estádio do Bonfim e já orientará o treino que a equipa cumpre na tarde desta
terça-feira. A decisão de regressar a Setúbal foi “afectiva”, admitiu Couceiro.
“A questão afectiva foi
determinante. Desde sempre que fui muito bem tratado aqui. Não estava à espera
[do convite]. Sabemos que o Vitória vive um momento difícil, mas por isso mesmo
é que o presidente conseguiu convencer-me”, começou por dizer José Couceiro, na
apresentação oficial aos sócios.
O novo treinador do Vitória de Setúbal
pediu união aos sócios. “Se as coisas não correrem como gostam, protestem.
Estaremos cá para assumir as responsabilidades”, garantiu. “Estes meses até ao
final da época vão ser complicados. Só unidos vamos conseguir vencer. Isto não
é só uma troca de treinador, porque quem cá esteve deu tudo. Queremos que as
coisas se invertam, que sejam melhores e tenhamos sucesso”, sublinhou o novo
técnico do Vitoria de Setúbal.
Tornar o Vitória respeitado no Bonfim
“Já não há aquele respeito que havia
quando se vem jogar ao Bonfim. E nós queremos que, quando se vem jogar ao
Bonfim, se tenha respeito pelo Vitória. E se saiba que é complicado e difícil,
porque na maior parte das vezes o Vitória vence”, resumiu José Couceiro. A
estreia do novo técnico do Vitória de Setúbal será no sábado, dia em que os
sadinos visitam o Portimonense numa partida relativa à Taça da Liga.
Para o presidente do Vitória de
Setúbal, Fernando Oliveira, o perfil de Couceiro encaixa naquilo que o clube
procurava. “Um bom filho à casa torna. É a primeira vez que contrato um
treinador ouvindo dizer que vem para o Vitória por paixão. Por amor. Este homem
esteve na Rússia e ganhava mais num mês do que no contrato todo que lhe
ofereci”, apontou o dirigente.
De volta nove anos depois
José Couceiro já treinou o Vitória de Setúbal em 2004/05 |
José Couceiro já orientou o Vitória de Setúbal, no início da temporada 2004-05,
depois de se ter estreado no Alverca. Mas o técnico deixou o Bonfim a meio da
época para rumar ao FC Porto, onde substituiu o espanhol Victor Fernández. Mas
a ligação de Couceiro aos “dragões” duraria apenas 17 jogos e não seria
renovada em 2005-06, tendo a equipa ficado entregue ao holandês Co Adriaanse.
Depois disso, Couceiro desempenhou
funções na estrutura da Federação Portuguesa de Futebol (selecções jovens) e em
2008 rumou à Lituânia, para orientar a equipa nacional do país báltico – que
chegou a acumular com o cargo de treinador do Kaunas e, mais tarde, dos turcos
do Gaziantepspor.
Em Dezembro de 2010 foi anunciado por
José Eduardo Bettencourt como director-geral do futebol do Sporting. Mas, três
meses depois, Couceiro regressaria ao trabalho de campo: com a queda de Paulo
Sérgio, foi escolhido para treinador principal dos “leões”. Porém, com a
eleição de Godinho Lopes, José Couceiro deixou a estrutura sportinguista,
cedendo lugar a Domingos Paciência.
Couceiro teve uma experiência no
futebol russo em 2011-12, ao comando do Lokomotiv Moscovo, e foi candidato à
presidência do Sporting nas eleições de Março de 2013, que deram a vitória a
Bruno de Carvalho.
Neste regresso ao activo, José
Couceiro encontra o Vitória de Setúbal na antepenúltima posição da I Liga, com
cinco pontos em sete jogos. Os sadinos somam uma vitória, dois empates e quatro
derrotas, tendo marcado dez golos e sofrido 17, o que faz do emblema
setubalense a pior defesa do campeonato... mas é um dos melhores ataques.
Agência de Notícias
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