Polícia Marítima surpreende “apanhadores” de amêijoa no Tejo
A Polícia Marítima
apreendeu ontem uma tonelada e meia de amêijoa e identificou cerca de 20
pessoas durante uma operação realizada na zona da praia do Samouco, no concelho
de Alcochete. Desde Julho as autoridades já apreenderam cerca de quatro
toneladas deste marisco no Estuário do Tejo. As amêijoas contaminadas biotoxinas marinhas podem
provocar intoxicações diarreicas.
"Foi efetuada uma operação, com a colaboração da ASAE, de combate à apanha ilegal de amêijoa no rio Tejo e à sua comercialização. Foi apreendida cerca de uma tonelada e meia de amêijoa e foram identificados 20 indivíduos, dois dos quais de nacionalidade estrangeira", disse à agência Lusa fonte da Polícia Marítima.
Segundo a mesma fonte, durante a operação foram ainda apreendidas duas viaturas e 30 ganchorras, que são um objeto utilizado para o arrasto.
A operação decorreu na zona da praia do Samouco, no concelho de Alcochete.
"Com estas ações que a Polícia Marítima tem efetuado no rio Tejo pretende dissuadir e reprimir esta atividade ilícita da apanha de amêijoas, bem como eliminar todo o circuito de comercialização", concluiu a fonte da Polícia Marítima.
Em Julho, a Polícia Marítima
apreendeu cerca de 2,5 toneladas do mesmo produto na zona do Barreiro.
Perigo para a saúde
A apanha de bivalves no Tejo só pode ser
feita por pessoas licenciadas para o efeito e o marisco só pode ser vendido
para centros de transformação de farinhas ou centros de afinação de longa
duração, onde a amêijoa é depurada durante vários meses, segundo a Polícia
Marítima.
Só que neste caso a amêijoa é vendida
a "um valor residual", afirmou à Lusa uma fonte da Polícia Marítima,
explicando que é muito mais rentável vender o marisco ao público, onde os
preços de mercado podem chegar aos sete euros por quilo.
Os infractores incorrem numa
contra-ordenação cujo valor varia consoante a gravidade da infracção.
A actividade apresenta também outros
riscos e pode até ser mortal, como aconteceu no ano passado com um mergulhador
que se dedicava à apanha de amêijoa em Alcochete.
"Já detectámos aparelhos de
mergulho completamente adulterados", contou à Lusa a mesma fonte.
As amêijoas contaminadas com
biotoxinas marinhas podem provocar intoxicações diarreicas.
Agência
de Notícias
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