Identificar, defender, divulgar e preservar o património material e imaterial de Lisboa
Uma nova associação vai, a partir
desta segunda-feira, fazer um levantamento do património material e imaterial
do distrito de Lisboa, com o objectivo de estudar, divulgar e preservar desde
os imóveis à música ou aos pregões da capital.
A Associação de Defesa do Património de Lisboa (ADPLx) abre as portas na segunda-feira e pretende “identificar, defender, divulgar e preservar o património material e imaterial da cidade e do distrito de Lisboa”.
Associação quer dar destaque ao património de Lisboa |
A Associação de Defesa do Património de Lisboa (ADPLx) abre as portas na segunda-feira e pretende “identificar, defender, divulgar e preservar o património material e imaterial da cidade e do distrito de Lisboa”.
“O património móvel e
imóvel, material e imaterial é um universo imenso. Não temos a pretensão de
dominarmos todo este universo, mas as nossas acções vão ter várias
frentes, a primeira e a mais visível das quais será o património
arquitectónico”, afirmou a presidente da ADPLx, Aline Gallasch-Hall de Beuvink.
De acordo com a
responsável, a associação está a “elaborar uma lista e a estudar o património
que está em mau estado na cidade de Lisboa”, apesar de ter como objectivo não
apenas a capital, mas todo o distrito. “Ao distrito porque cada vez mais a
cidade não tem fronteiras definidas. É uma das nossas críticas ao Plano
Director Municipal [PDM] de Lisboa: é que cada vez mais a cidade está em
contacto e em diálogo permanente com os municípios limítrofes e queremos ver
essa acção e essa articulação cada vez mais próxima”, acrescentou.
Enquanto faz o levantamento do
património que está em risco, a associação pretende ir alertando as várias
instituições ligadas a esta área e até tentar “dentro das suas possibilidades,
angariar fundos para ajudar na sua recuperação”. Neste sentido, espera arranjar
parcerias, colaborações e protocolos com diversas entidades, desde autarquias,
Patriarcado, Santa Casa da Misericórdia, Protecção Civil, bombeiros, museus,
universidades, arquitectos e músicos, por exemplo.
Património imaterial na agenda
A ADPLx pretende ainda preocupar-se
com o património imaterial, como a música, de que o fado é o grande exemplo, e
com todas as características culturais que se foram perdendo, como os pregões
de Lisboa. “A tentativa de recuperar ou ajudar a relembrar estes eventos é
fundamental, porque não só todos nós temos a obrigação de passarmos os testemunhos,
porque somos o garante da cultura dos nossos pais e temos de a passar para as
gerações futuras, mas também porque a cultura é um elemento catalisador de
economia, que promove o turismo, e é muitas vezes ignorado”, realçou.
A ADPLx terá ainda um comité de
especialistas em património, presidido pelo director do Museu Nacional de Arte
Antiga, António Filipe Pimentel, e pretende atribuir anualmente um prémio a uma
entidade ou individualidade que se tenha destacado na preservação e divulgação
do património.
Agência de
Notícias
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