Exercício testa sismo real em Setúbal

2500 pessoas em simulacro real no centro histórico de Setúbal 

Mais de 2500 pessoas participam amanhã, 6 de Junho, num simulacro em grande escala para testar a capacidade de reação dos serviços de segurança pública e da população perante um cenário de catástrofe natural no centro histórico de Setúbal.

Bombeiros apresentaram plano do simulacro de sismo em Setúbal 

Dezasseis mortos, 750 feridos, 500 deles na Baixa da cidade, 3500 desalojados e duas centenas de edifícios danificados será o resultado de um sismo com intensidade de 6,4 na escala de Richter e epicentro na Ribeira de Coina, perante o qual o dispositivo montado pelo Serviço Municipal de Proteção Civil e Bombeiros (SMPCB) de Setúbal terá de dar resposta durante o exercício denominado “Bocage 2013”.
Entre os vários objetivos a cumprir está a análise da capacidade dos diferentes serviços de segurança e emergência, como bombeiros sapadores e voluntários, hospitais, PSP e GNR, coordenados pela proteção civil, em corresponder às componentes de evacuação, avaliação, resposta e recuperação previstas no Plano Municipal de Intervenção para o Centro Histórico de Setúbal.
Numa apresentação à comunicação social realizada no dia 4, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, o sapador Nuno Sousa adiantou que o “Bocage 2013” representa “um mês e dez dias de preparação”.

Setúbal encontra-se numa zona do País particularmente sensível a catástrofes naturais como a que servirá de cenário para o simulacro, pelo que a Autarquia sadina, através do SMPCB, elaborou e colocou em vigor o Plano Municipal de Intervenção para o Centro Histórico de Setúbal.
O plano convenciona um conjunto de medidas, em que parte significativa envolve diretamente a população, tendo, por exemplo, sido instalados em diversos locais estratégicos da Baixa e da frente ribeirinha da cidade postos interativos de informação.
“Está aqui um trabalho muito complexo e muito completo da proteção civil de Setúbal”, garantiu a presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, assegurando ainda que este é um documento “em constante atualização”.
Na apresentação à comunicação social, que contou com as presenças do vereador com o pelouro da Proteção Civil, Carlos Rabaçal, e do comandante da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal, Jorge Lamego, o coordenador do SMPCB, José Luís Bucho, adiantou que um simulacro com estas dimensões “não é uma estreia no concelho, mas inédito no centro histórico”.

Evacuação da Escola Sebastião da Gama e ruina parcial do edifício da Câmara
Estruturas edificadas muito antigas, ruas estreitas e fluxo elevado de pessoas durante o dia estão na origem das preocupações para a zona histórica de Setúbal no caso da ocorrência de uma calamidade que afete a cidade.
O “Bocage 2013” implica a evacuação da Escola Secundária Sebastião da Gama, da EB/JI dos Arcos e do edifício dos Paços do Concelho. No total, são mobilizados 1480 alunos, 80 professores, 25 funcionários escolares e cem técnicos municipais, grupo que realizou ações de formação prévias conduzidas pela proteção civil.
Além da evacuação dos edifícios, o exercício contempla a avaliação das condições de segurança do edificado afetado pelo sismo, o escoramento parcial da arcada dos Paços do Concelho, a gestão do tráfego rodoviário, a ativação da Comissão Municipal de Proteção Civil, a montagem de um posto de comando operacional e de um posto de triagem de emergência pré-hospitalar e o teste das colunas de comunicação SOS espalhadas pelo centro histórico.
O simulacro, a decorrer entre as 9 e as 12h30, implica a participação de 75 bombeiros sapadores e voluntários de Setúbal, entre outras equipas de segurança pública, com a colaboração de várias entidades, como a Associação do Comércio e Serviços do Distrito de Setúbal, escuteiros e a Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão.

Agência de Notícias 

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