Barreiro avaliou dinheiros do QREN

“Precisamos de continuar a investir nas pessoas, na requalificação urbana”

O Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) que constituiu o enquadramento para a aplicação da política comunitária de coesão económica e social em Portugal, no período 2007-2013, esteve em análise por parte do Presidente da Câmara do Barreiro, Carlos Humberto, em entrevista à Antena 1. O Autarca, que assume em simultâneo o cargo de Presidente da Junta Metropolitana de Lisboa, avaliou a taxa de execução deste QREN e avançou com propostas relativamente ao próximo, cujo período de programação é 2014-2020. 

Presidente da CM do Barreiro defende "mais investimento nas pessoas"
O líder da Junta Metropolitana de Lisboa e da Câmara do Barreiro, em entrevista à Antena 1, disse que os fundos comunitários “foram, na maior parte dos casos, uma ajuda importante para os municípios que, por seu lado, têm feito um grande esforço para os poder aproveitar. Ainda assim, disse, a grande aposta deverá continuar a ser feita nas áreas do desenvolvimento económico, uma vez que a criação de emprego é a questão central que se coloca ao País e à região de Lisboa”, refere Carlos Humberto.
“É preciso saber aproveitar a força de trabalho e as potencialidades das nossas gentes. É preciso sabermos projetar Portugal. Para isso é preciso ciar incentivos. Não sei se esta postura que tem vindo a ser tomada de cortes e austeridade ajuda ao crescimento do país”, refere o autarca.
Em relação ao próximo QREN, o autarca defende que “precisamos de continuar a investir nas pessoas, na requalificação urbana, nas questões da mobilidade e da sustentabilidade energética e ambiental, bem como devemos apostar na rede de equipamentos escolares que é claramente uma prioridade na Região Metropolitana de Lisboa”.
Estando o país em profunda crise e recessão, o presidente alerta para o facto de, o próximo Quadro de Referência Estratégico Nacional poder vir a ser uma espécie de ‘empréstimo a longo prazo’ em vez de ser ‘a fundo perdido’.
“A confirmar-se esta situação, complicar-se-á ainda mais o acesso aos mesmos”, afirmou Carlos Humberto, reiterando que, na sua opinião, “a atividade económica, a criação de riqueza, a qualificação das pessoas e as áreas sociais assumem, prioritariamente, lugar de destaque”.
No caso do Barreiro, o chefe do executivo defende investimentos na área do Barreiro Antigo e na zona ribeirinha do Concelho, assim como na revitalização do território da Quimiparque e dos antigos territórios industriais.

Barreiro executou  QREN a 100 por cento
Questionado sobre a taxa de execução do QREN no Barreiro, o Presidente disse que, grosso modo “temos duas grandes candidaturas e pequenas outras ações. Estas últimas têm uma taxa de execução de quase 100 por cento. As duas maiores nem tanto porque as lançámos no terreno mais tarde, apenas quando soubemos que iria ser possível garantir o restante do financiamento”. No total, estas ações rodam os oito milhões de co-financiamentos comunitários.
Numa perspetiva mais abrangente, as frentes de água, do Tejo ao Sado e da frente Atlântica da Área Metropolitana de Lisboa, deviam ser objeto de um plano estratégico. “Portugal deve posicionar-se como a Porta Atlântica da Europa. Neste sentido, e enquanto visão estratégica, penso que não se estão a aproveitar integralmente todas as possibilidades conferidas por estes fundos”.    

Barreiro executou  QREN a 100 por cento
Sobre o QREN que agora terminou, diz o autarca do Barreiro, “ficámos aquém da concretização neste Quadro de Apoio Comunitário. Devemos, por isso, continuar a apostar fortemente junto das nossas crianças e jovens. Duvido é que o consigamos fazer com estas medidas que têm vindo a ser tomadas”.
Questionado sobre a taxa de execução do QREN no Barreiro, o Presidente disse que, grosso modo “temos duas grandes candidaturas e pequenas outras ações. Estas últimas têm uma taxa de execução de quase 100 por cento. As duas maiores nem tanto porque as lançámos no terreno mais tarde, apenas quando soubemos que iria ser possível garantir o restante do financiamento”. No total, estas ações rodam os oito milhões de co-financiamento comunitário.

Poiares Maduro discute prioridades para novo QREN
A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) defendeu ontem que a "prioridade à internacionalização" não pode ser circunscrita no novo quadro comunitário de apoio às empresas portuguesas classificadas como exportadoras.
"O alcance tem de ser muito mais amplo, considerando a totalidade da cadeia de valor nacional dos produtos e aqueles que contribuem de forma mais substantiva para acrescentar valor gerado em Portugal", sustenta a confederação patronal liderada por João Vieira Lopes.
Num comunicado enviado às redações pela CCP, na sequência de um encontro tida ontem com o Ministro-Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, no âmbito do próximo quadro comunitário a vigorar entre 2014-2020, a confederação patronal diz pretender um modelo de governação "mais ágil" para o novo ciclo de fundos.


Agência de Notícias 

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