Poucos comboios a circular e autocarros da Carris “ignoram” greve
Comboios cumprem segundo dia de greves esta quinta-feira |
A greve da gestora de infra-estruturas ferroviárias, agendada para as 24 horas desta quinta-feira, segue-se à greve de quarta-feira da CP, também de 24 horas. Os sindicatos e comissões de trabalhadores do sector ferroviário já haviam agendado o encadeamento de paralisações a 15 de Fevereiro.
“Como as coisas se arrastam e estão em preparação mais medidas que vão atacar os trabalhadores da função pública, estas greves são mais uma forma de voltarmos a colocar os problemas para ver se alguém tem disponibilidade para os resolver”, explicou então o coordenador da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), José Manuel Oliveira.
Fertagus também com paragem
Os comboios da Fertagus, operadora privada que opera entre Lisboa e Setúbal, estão a sofrer supressões na manhã desta quinta feira, devido à greve da Refer.A supressão de comboios na Fertagus é quase uma novidade para os utentes daquela linha, uma vez que, sendo a operadora deste eixo privada, não é afetada pelas tradicionais greves da CP.
Só que o facto de esta quinta-feira a greve ser promovida pelos trabalhadores da Refer, dona da infraestrutura e responsável pela manutenção de todas as linhas ferroviárias, faz com que a circulação seja também afetada desta vez.
Cerca das 8 da manhã, na estação de Sete Rios, em Lisboa, havia passageiros que chegaram numa composição a abarrotar e deram conta das grandes dificuldades que tiveram para apanhar uma ligação.
"A confusão é muito maior nas estações do Distrito de Setúbal, estão cheias e é muito difícil entrar no combóio", explicou Ana Sousa, que viajou de Corroios para a capital.
Segundo os cálculos destes passageiros, estarão a passar dois comboios por hora quando o normal é que circulem com intervalos de 10 minutos, em hora de ponta.
A tarde prevê-se ainda mais complicada.
Carris também pára hoje
Carris, em Lisboa, também agendou greve para esta quinta-feira |
À TSF, o coordenador da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), José Manuel Oliveira, adiantou que a adesão à greve parcial não será "esmagadora", mas que são esperadas algumas perturbações. O sindicalista alertou que o período entre as 10 e as 12 horas será o mais afectado pela paralisação, por ser o período durante o qual decorre o plenário no Largo do Camões.
Mas para já, segundo fonte da Carris, "os primeiros resultados que a empresa tem dos níveis de adesão à greve são bastante positivos. Dos 570 autocarros previstos apenas não se realizaram dezasseis. Por isso, a paralisação não está a ter efeitos negativos e os nossos clientes podem constatar isso no terreno", disse o director de comunicação da empresa. Luís Vale adiantou ainda que o serviço de eléctricos está a ser cumprido a 100 por cento.
Contactada pela agência Lusa, Manuel Leal da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans) remeteu para mais tarde dados sobre a adesão à greve.
CP registou 361 percursos na quarta-feira
Ao longo de quarta-feira, a CP registou um total de 356 percursos efectuados. A estas rotas acresceram cinco comboios de circulação extraordinária, o que elevou para 361 o número de comboios que circularam efectivamente.
Os resultados ficam assim em linha com o objectivo de 362 percursos que constituíam os serviços mínimos para quarta-feira, ou 25 por cento da circulação total, de acordo com o que foi avançado pela CP à comunicação social.
Esta semana tem sido marcada por paralisações sucessivas no sector dos transportes, e culminará no sábado, dia 9 de Março, com uma manifestação das várias estruturas sindicais em Lisboa.
Ao longo de quarta-feira, a CP registou um total de 356 percursos efectuados. A estas rotas acresceram cinco comboios de circulação extraordinária, o que elevou para 361 o número de comboios que circularam efectivamente.
Os resultados ficam assim em linha com o objectivo de 362 percursos que constituíam os serviços mínimos para quarta-feira, ou 25 por cento da circulação total, de acordo com o que foi avançado pela CP à comunicação social.
Esta semana tem sido marcada por paralisações sucessivas no sector dos transportes, e culminará no sábado, dia 9 de Março, com uma manifestação das várias estruturas sindicais em Lisboa.
Agência de Notícias
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