Lisboa investe forte na recuperação do Capitólio

1,1 milhão para adquirir equipamento para o cineteatro lisboeta  

A Câmara de Lisboa pretende investir 1,1 milhões de euros em equipamentos para o Capitólio, depois de a aquisição de mobiliário para o cineteatro ter levantado críticas da oposição, já que o processo Bragaparques aguarda ainda decisão.

Capitólio está a ser restaurado para  receber espectáculos vários 

Em Outubro, a autarquia aprovou uma aquisição de mobiliário para o equipamento por cerca de 440 mil euros com os votos contra dos vereadores da oposição, que criticaram o investimento pela incerteza quanto ao processo para a anulação da permuta do Parque Mayer (onde se localiza o Capitólio) com a Feira Popular.
O Tribunal Central Administrativo confirmou, há um ano, a invalidade do contrato de permuta do Parque Mayer por metade da Feira Popular (e a hasta pública do terreno remanescente), uma medida da qual a Bragaparques recorreu e cuja decisão final ainda não é conhecida.
Conforme alertaram os vereadores, se a Câmara de Lisboa ganhar o processo, volta a deter os terrenos da Feira Popular, como reivindica, e pode não ser ressarcida pelos investimentos feitos no Parque Mayer.

Assunto debatido amanhã em reunião pública 
O vice-presidente da câmara, Manuel Salgado, vai propor na reunião de quarta-feira a aquisição de bens para “fornecimento, colocação e montagem de equipamentos diversos” no Capitólio à empresa Omnistal Eletricidade, num montante total (com IVA) de cerca de 1,1 milhões de euros com um prazo de execução de 45 dias.
Manuel Salgado recorda que está em curso a segunda fase de reabilitação do equipamento, o que “tem em vista a manutenção do seu uso original enquanto cineteatro, “mas com funcionalidades renovadas, dada a evolução das artes do espectáculo”. Por isso, o também vereador do Planeamento salienta, na proposta a que a agência Lusa teve acesso, “a necessidade de se proceder à aquisição, fornecimento e montagem de todo o material técnico, respeitante ao projecto cénico essencial para que o edifício funcione para o fim pretendido”.
O processo Bragaparques remonta ao início de 2005, quando a Assembleia Municipal de Lisboa aprovou por maioria (com os votos contra da CDU) a permuta dos terrenos do Parque Mayer por uma parte dos terrenos camarários no recinto da antiga Feira Popular, em Entrecampos. O negócio envolveu ainda a venda em hasta pública do lote restante daquele espaço de Entrecampos, que foi adquirido pela mesma empresa. A Bragaparques exerceu então um direito de preferência que viria a ser contestado pela oposição na autarquia lisboeta e passou a deter a totalidade do antigo espaço de diversões.

Agência de Notícias

Comentários