Atirador que atingiu atriz era porteiro em Corroios

Didi, o fora da lei, atirou contra Ana Brito e Cunha

Ana Brito e Cunha está a "recuperar bem", mas os amigos não escondem a revolta pelo facto de a atriz ter sido atingida por uma bala enquanto se divertia na noite, em Lisboa. O atirador, conhecido por ‘Didi’, segurança da discoteca RS, em Corroios, concelho do  Seixal, foi apanhado na semana passada pela polícia. Didi foi, entre outras coisas, um dos principais mentores da Máfia Brasileira que atuava em Portugal junto do negócio da noite.

Homem que disparou contra Ana Brito e Cunha é porteiro no Seixal

"É bom que as autoridades estejam atentas a estas situações para evitar que se repitam", desabafou António Machado, que contracena com a atriz na peça ‘Toc Toc’.
A atriz Marina Albuquerque é da mesma opinião. "É incrível saber que podemos estar a divertir-nos com amigos e sermos atingidos por um tiro", revelou. Também Maria Henrique ficou em choque com a situação. "Felizmente a Ana está bem e, à partida, não ficará com sequelas, mas podia ter sido muito mais grave. Ela está positiva e confiante na recuperação", conclui a atriz.

Didi caçado pela PJ
Nanituma Mvanbanu é conhecido por ‘Didi' no meio criminal. Quando se sentou em 2011 no banco dos réus do Tribunal do Seixal, o leque de crimes era vasto - entre associação criminosa, segurança ilegal e falsificação de documentos. ‘Didi', 40 anos, que de 2006 a 2010 era um dos operacionais do grupo ‘Máfia Brasileira' na imposição, sempre pelo terror, de segurança ilegal em bares e discotecas, foi preso  pela PJ de Lisboa por ter disparado três tiros à porta do bar Guilty, tendo um deles acertado na atriz Ana Brito e Cunha. 
Na madrugada do último dia 15, ‘Didi' ignorou que a esplanada do Guilty estivesse cheia, pelas três da manhã, e num ato de vingança contra um rival pegou num revólver e disparou. Depois fugiu. O pânico instalou-se. "Quando as pessoas perceberam que havia ali tiros, deitaram-se no chão", contou Olivier, proprietário do bar Guilty.

Um dos operativos da Máfia Brasileira
Quinta-feira de manhã, ‘Didi' não escapou à investigação da secção de homicídios da PJ, em articulação com a Unidade Especial de Combate ao Crime Especialmente Violento do DIAP -, que desmantelara a ‘Máfia Brasileira'. No processo da ‘Máfia Brasileira', pode ler-se que ‘Didi' era operacional do grupo de Sandro Bala e estava incumbido de traçar rotinas dos donos de discotecas para depois exercer pressão sobre as vítimas para que estas aceitassem os seus serviços de segurança ilegal. Em 2009, esteve envolvido no esfaqueamento de um elemento de um grupo de Chelas. Pelos tiros no Guilty, será julgado em breve. Desconhece-se, para já, se vai aguardar pelo julgamento na prisão ou em casa.

Agência de Notícias 

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