Montijo volta a defender Aeroporto no Campo de Alcochete


Maria Amélia Antunes critica investimento na Portela

A Câmara de Montijo continua a defender a decisão de 2008, que aponta para a construção do novo aeroporto de Lisboa na zona do campo de tiro de Alcochete, recordando Maria Amélia Antunes que a construção da infraestrutura portuária, em Montijo/Benavente, possibilitaria a criação de 28 mil novos postos de trabalho e assumir um desenvolvimento integrado.

Investimento na Portela não agrada à Câmara de Montijo 

Com a convicção de que o dinheiro público não pode ser gasto em soluções provisórias e experimentais, a Câmara de Montijo defende a construção de um aeroporto de raiz na zona do campo de tiro de Alcochete.
Maria Amélia Antunes critica que, com a expansão do aeroporto da Portela Portugal “gastará entre 380 a 390 milhões de euros, sem derrapagens”. Na recomendação aprovada pelo município a que preside, em 16 de Novembro de 2011, referia-se que a opção de construir o novo aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete, “podia, à partida, contar com um apoio comunitário de 800 milhões de euros, ou seja, 38 por cento do total do custo previsto (2,1 mil milhões de euros), uma contrapartida comunitária que, por certo, afirmávamos, iriamos esbanjar se abdicássemos desta solução.”
Em declaração pública, a autarca lembra que “a terceira e última opção dada, no memorando, ao futuro comprador era a construção de um novo aeroporto em Lisboa, na zona do campo de tiro de Alcochete, como estava programado”.
“Sabendo das dificuldades financeiras do país, defendemos na Recomendação do dia 16 de Novembro de 2011 que se fizesse um compasso de espera, de forma a avançar com a anterior solução construção do NAL na zona do Campo de Tiro de Alcochete, quando se entendesse estarem reunidas as condições para tal,” diz.

Investimento na Portela “sem sentido de futuro”
Para Maria Amélia Antunes, “o que o governo está a procurar fazer é ensaiar soluções experimentais e não sustentáveis, que implicam, só com a expansão do aeroporto da Portela, um gasto do Estado correspondente a 30 por cento do custo do total do novo aeroporto de Lisboa, retirando as ajudas comunitárias. Trata-se de um investimento colossal numa solução provisória, sem sentido de futuro, sem visão estratégica nacional, europeia e mundial de desenvolvimento do país”, opina a presidente, acrescentando que a actual solução do governo “não pode ser levada a sério, porque não potencia o desenvolvimento e o ordenamento do território local e regional e o interesse público não recomenda experimentalismos nem gastos de dinheiros públicos com soluções provisórias e experimentais”.
“Não obstante percebermos os actuais constrangimentos financeiros, não podemos deixar de afirmar que, acima de tudo, devemos ter uma visão estratégica de desenvolvimento do país e uma leitura geoestratégica da nossa localização geográfica, que deve ser considerada no contexto da nossa independência e soberania”, afirma a presidente de Câmara do Montijo.
Para a autarca, a posição da Câmara de Montijo insere-se também numa “clara atitude de respeito por centenas de técnicos e políticos que, ao longo de 40 anos, realizaram ou mandaram realizar análises técnicas e estudos sobre possíveis localizações alternativas para a construção de um novo aeroporto internacional para Lisboa, tendo concluído pela localização e construção desta infraestrutura na zona do Campo de Tiro de Alcochete”.

Agência de Notícias 

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