Visteon de Palmela cria 110 novos empregos


Empresa quer cem técnicos especializados e dez engenheiros

Num tempo fortemente marcado por anúncios de fecho de empresas e do crescimento do desemprego, essa é a melhor notícia do dia: a Visteon, em Palmela, vai criar 110 postos de trabalho até Maio do próximo ano. A criação de postos de trabalho resulta de um acordo de transferência de equipamentos e materiais de produção provenientes da Hungria. O delegado sindical da empresa “aplaude” iniciativa e refere as “qualidades e competências dos trabalhadores portugueses” determinantes para o processo. A Visteon já emprega mais de um milhar de pessoas em Palmela.  

Multinacional volta a investir na mão de obra portuguesa, em Palmela

Paulo Ribeiro, dirigente sindical da Visteon, refere que “a transferência deste setor para Portugal deve-se às qualidades e competências dos trabalhadores portugueses que, mesmo em situações complicadas, sempre souberam manter a qualidade de produção”. O processo de recrutamento para a Visteon será iniciado após a deslocação total dos equipamentos e vai visar a contratação de cem técnicos especializados e dez engenheiros.
A deslocação do ramo eletrónico da multinacional para Palmela é para Paulo Ribeiro “uma oportunidade que vai beneficiar a própria fábrica com trabalhadores treinados e qualificados”, ao mesmo tempo que “vai revelar que a Autoeuropa não é a única empresa significativa na região”. O delegado sindical destaca o efetivo de cerca de mil pessoas empregadas, a capacidade de exportação, dentro e fora do país, que “tem registado resultados líquidos muito positivos” e o recente plano de instalação de um setor eletrónico que “vai trazer maior potencialidade para o desenvolvimento do país”.

Aumento da eletricidade e dos impostos preocupa trabalhadores
Com o aumento das tarifas de eletricidade tendo em conta a instalação dos novos meios de produção eletrónicos nas instalações da Visteon de Palmela,  revela o delegado sindical, “vão surgir novas complicações devido ao aumento dos custos”. Paulo Ribeiro acrescenta ainda que “Portugal não é um exemplo de país que facilite as receitas das empresas” e critica as políticas do Governo de “criação de mais impostos para os trabalhadores que não vão levar a economia para a frente”.
Face ao aumento das taxas de desemprego em Portugal, Paulo Ribeiro considera que “a criação de postos de trabalho tem uma responsabilidade acrescida” sendo uma “oportunidade para empregar mais trabalhadores com grandes competências na área do desenvolvimento de novas tecnologias”. O representante dos trabalhadores acredita que “esta é uma verdadeira mais valia e um projeto de importância significativa para a empresa que pretende não só gerar emprego mas atingir a sustentabilidade financeira”.

Agência de Notícias 

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