Secretários de Estado em visita aos terrenos da Quimiparque e da Siderurgia


Governo quer “potenciar a instalação de empresas e atrair investimento e criação de emprego”

Em visita aos territórios que estão sob a gestão da empresa Baía do Tejo, SA – Quimiparque e da Siderurgia –, no Barreiro e no Seixal, na última segunda-feira, dia 22 de outubro, os secretários de Estado Maria Luís Albuquerque e Pedro Afonso de Paulo admitiram que os projetos de urbanização associados ao projeto Arco Ribeirinho Sul (ARS) deixaram “de fazer sentido” na conjuntura atual. A aposta, na opinião do governo, deve continuar na descontaminação dos solos, sobretudo com vista à fixação de empresas.


Pedro Afonso e Maria Luís Albuquerque visitaram terrenos da Baía Tejo



A secretária de Estado do Tesouro e Finanças, Maria Luís Albuquerque, afirmou ontem que territórios do projecto Arco Ribeirinho Sul devem ser potenciados para atrair empresas e emprego, mas os planos têm que ser ajustados à realidade.
"Tenho a tutela financeira da empresa Baía do Tejo e há aqui um trabalho muito grande a ser realizado, nomeadamente de descontaminação de solos para se rentabilizar o espaço. Estamos a acompanhar o trabalho da administração para podermos potenciar a instalação de empresas e atrair investimento e criação de emprego", disse.
Maria Luís Albuquerque, o secretário de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território, Pedro Afonso de Paulo, deputados do PSD de Setúbal e a administração da Baía do Tejo estiveram ontem no Barreiro e no Seixal em visita aos territórios da Quimiparque e Siderurgia.
Os dois territórios, juntamente com a Margueira, em Almada, integram o projecto Arco Ribeirinho Sul, que prevê a requalificação das antigas áreas industrias nos três concelhos.
"As questões relacionadas com as grandes obras públicas que existiam foram sempre inviáveis e isso agora é claríssimo, precisamos é investir no que possa criar riqueza para a região e concelhos", referiu a secretária de Estado.

Trabalhar com as autarquias com o objectivo de potenciar os territórios
Depois da extinção da sociedade Arco Ribeirinho Sul, a empresa pública Baía do Tejo assumiu a responsabilidade sobre os territórios do Barreiro e do Seixal, pois em Almada ainda é o Fundo Margueira que tem a gestão.
"O projecto Arco Ribeirinho Sul tinha uma componente de reabilitação e de requalificação dos terrenos que continuam. Agora, os planos de urbanização, que partem de pressupostos que não se verificam, é que deixam de fazer sentido no actual contexto", defendeu.
Maria Luís Albuquerque assegurou que a empresa vai trabalhar com as autarquias com o objectivo de potenciar os territórios, mas lembrou que os planos assentavam em projectos que não se vão realizar. "Temos que alterar os planos de acordo com a realidade", diz a secretária de estado.

Candidaturas para reabilitação
Segundo Pedro Afonso de Paulo, secretário de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território, a descontaminação em execução nos terrenos visa “que não haja contaminações do lençol freático nem do rio Tejo”. “Muitas destas zonas são muito frágeis, são zonas que foram ganhas ao rio em aterros e, portanto, a descontaminação é a necessária para que não haja problemas ambientais no futuro, independentemente do uso possível dos solos”, apontou.
Em curso estão várias candidaturas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), principalmente no parque do Barreiro. “Aqui temos a oportunidade de ver quão gigantesca é a tarefa de recuperação destes terrenos e de aferir em que termos poderemos lançar uma nova fase de candidaturas”, revelou. Algumas destas, no âmbito da reprogramação do QREN, já estão programadas, mas outras só surgiram a partir de 2014. “As que estão programadas para a atual fase do QREN vão avançar e foi isso que estivemos aqui a fazer”, admitiu Pedro Afonso de Paulo.
Conforme explicou o representante do governo no local, o valor global das candidaturas já em execução nos territórios do Barreiro e do Seixal “aproxima-se dos 25 milhões de euros”. “Para a próxima fase existem estimativas na ordem dos 13 milhões de euros e para o próximo Quadro Comunitário de Apoio estimam-se valores entre os 43 e 45 milhões de euros”, declarou Pedro Afonso de Paulo.

Agência de Notícias 

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