Morre 17 horas após alta médica no Barreiro


Hospital não terá feito todos os exames necessários

Uma mulher de 32 anos morreu há quase duas semanas vítima de "rebentamento da aorta". Zara Moura, de Palmela, sentiu-se mal e foi às urgências do hospital do Barreiro, onde esteve cinco horas. No hospital, segundo o pai e o marido de Zara, a vítima – que se queixava de fortes dores no peito e nas costas – levou uma injecção e terá ficado a soro durante cerca de 35 minutos. Veio para casa com “analgésicos” e faleceu nesse mesmo dia após ter desmaiado. Nem bombeiros nem INEM puderam fazer nada. No Barreiro, terá saído sem uma avaliação completa daquilo que Zara tinha. Agora a família quer processar o hospital e os médicos que a consultaram.


Família quer responsabilizar equipa médica do Hospital 

A família de uma doente que morreu 17 horas após ter alta do Hospital do Barreiro vai processar a unidade e os médicos que a assistiram dia 13 de Outubro. Mário Moura, pai da vítima, Zara Moura, de 32 anos, afirma que a filha foi às Urgências, pelas oito da noite desse sábado, porque sentia "dores muito fortes no peito e nas costas".
Nas urgências do Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, de acordo com a família da vítima foi dado “uma injecção intramuscular à Zara e ficou a soro ou outro injectável durante cerca de 35 minutos. O médico perguntou-lhe se tinha feito esforço muscular ou uma situação de stress, que não teve", lembra o pai em conversa com o Correio da Manhã.  Por volta da uma da madrugada de domingo recebeu alta, tendo o médico receitado analgésicos.
Zara foi para casa, mas durante o dia sentiu "uma dor no peito" que foi piorando. Mário Moura recorda que o genro, Marco Albuquerque, lhe ligou pelas 18h15 porque ela estava inanimada. Correu a casa da filha, em Palmela. Surgiram os bombeiros e o médico do INEM que tentaram a reanimação, sem sucesso. O óbito foi declarado e o corpo transportado para o Instituto de Medicina Legal de Setúbal. O relatório da autópsia, realizada dia 16, revela que Zara Moura sofreu o "rebentamento da aorta". Zara não tinha antecedentes clínicos que fizessem prever este desfecho. Deixa três filhos menores.
A administração do Hospital do Barreiro está em silêncio sobre o assunto mas garante esclarecimentos para o início da semana. Por agora abriu, de acordo com a TVI24, um inquérito para apurar os factos relativos à assistência à utente.

Agência de Notícias 

Comentários