Ferreira do Amaral critica Orçamento no Seixal


"Estão a empurrar o país para o desastre”

O economista João Ferreira do Amaral afirmou esta terça-feira, no Seixal, que tem "muitas dúvidas" em relação à execução orçamental, referindo que será uma "tragédia nacional" que vai aumentar o desemprego e a falência das empresas.

João Ferreira do Amaral deixou várias críticas ao Orçamento de Estado 

"O estado assim nunca conseguirá o equilíbrio. Fez-se de tudo e apenas se reduziu o défice em um por cento do Produto Interno Bruto. Tenho dúvidas quando à execução orçamental, mais do que na aprovação do Orçamento, mas será uma tragédia nacional, em que o desemprego vai subir em flecha e a falência das empresas será em catadupa", disse.
João Ferreira do Amaral, que participou ontem no encontro "Propostas dos Agentes Económicos e Sociais e o Orçamento do Estado para 2013", que decorreu no Seixal, garantiu que este Orçamento "não vai resolver nada" e que a política seguida "não tem futuro".
"Estão a empurrar o país para o desastre e o governo insiste nestas políticas para reduzir os salários e numa segunda vertente para reduzir drasticamente o peso do Estado. O governo nem se importa muito que a austeridade não resulte, porque depois diz que não pode aumentar mais impostos e avança para um corte nas funções do estado", referiu.
O economista referiu que existem hipóteses a seguir, quer seja com Portugal na zona euro ou não.

É preciso renegociar com a troika
"O programa atingiu o seu limite e é preciso negociar com a 'troika', com um programa mais gradual e sem estes condicionalismos. Mas uma negociação a sério, pois com este governo é um acordo mútuo de entidades que pensam da mesma maneira", salientou.
O economista defendeu ainda que a prazo não acredita que Portugal possa continuar na zona euro e que o país devia sair de forma "negociada e controlada".
"Ganhávamos a emissão monetária e acaba a chantagem dos mercados. Acabaremos por ser expulsos numa altura em que pouco haverá a fazer e a saída não tem que ser uma catástrofe, pode ser negociada e controlada", concluiu Ferreira do Amaral, no Seixal.

Agência de Notícias 

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